OTT: nova maneira direcionada de consumir conteúdo

OTT: nova maneira direcionada de consumir conteúdo

A nova corrida do ouro no mercado de entretenimento, OTT coloca Netflix, Telecine, Prime Vídeo em um outro patamar.

Por Nai Fachini em 02/03/2021

Sim, o OTT é a nova corrida do ouro no Mercado de Entretenimento. A sigla é a abreviação do inglês, Over The Top, e nada mais é do que: transmissões de vídeo feitas por meio da internet, independente de assinaturas de tv a cabo.

Ricardo Fort, vice-presidente global de patrocínios e eventos da Coca-Cola, declarou, via artigo publicado no portal Meio e Mensagem, que todas as empresas que geram algum tipo de conteúdo, em breve lançarão, se já não lançaram, seus próprios produtos OTT.

Antigamente, para assistir aos mais cobiçados programas oferecidos pela televisão, era preciso uma assinatura de tv a cabo, o que em alguns casos era bastante caro e dependendo da região, não tinha alcance de sinal.

Hoje em dia, com a “abertura do mercado” e a chegada da OTT, a tv por assinatura se tornou mais acessível e com maior alcance de sinal.

Os provedores de conteúdo via OTT

De acordo com Ricardo Fort, cada canal (antigamente exclusivo da tv a cabo), “oferecerá seus canais ou eventos individualmente por meio de banda larga sem passar pelos agregadores que dominaram a distribuição nas últimas décadas: as redes de televisão e provedores de serviços de cabo”.

Ele explica que a nova versão do entretenimento será bastante prática: “em vez de contratar um pacote com cento e tantos canais, você comprará somente os dez que mais assiste. Se faltar algum programa, será possível comprá-lo individualmente”.

Fatores que impulsionam esta tendência

Três importantes fatores impulsionam esta tendência:

– Cobertura de banda larga: que cresce a cada dia e torna o serviço cada vez mais acessível;

– Redução do custo: de computadores, tablets e telefones;

– Conteúdo cada vez mais variado e de qualidade.

Sim, no Brasil ainda estamos no início desta transformação. De acordo com a Anatel, apesar de todo o crescimento dos últimos anos, a distribuição de banda larga ainda está em 14,5%.

De fato, os equipamentos eletrônicos de ponta ainda sofrem com altas tarifas de importação.

Apesar disso tudo, muitos brasileiros já consomem OTT, ainda que não seja de forma consciente. Por exemplo, a Netfix que já tem mais de 10 milhões de assinantes no Brasil.

Ricardo Fort explica que em países como os Estados Unidos, por exemplo, onde a conectividade não é mais uma barreira de consumo de vídeos on-line, a decisão de abandonar a tv aberta e assistir somente aos programas de preferência é algo cada vez mais comum.

“A opção é atraente pelo custo e pela flexibilidade. Em geral, é possível compor uma programação de alta qualidade com alguns poucos pacotes e sem investir muito. Se você gosta de Game of Thrones, This is Us ou Mozart in the Jungle, você pode assinar só os serviços HBO Go, Hulu ou Amazon Prime. Quer ver programas ao vivo como os telejornais, os Oscars ou os Grammys? Não há problema algum. Basta assinar o YouTube TV”, exemplifica.

Tudo isso é entregue diretamente na sua smartTV por meio da sua conexão de internet.

Redes Sociais

O esporte está entre os queridinhos que impulsionam o desenvolvimento das ofertas de OTT.

A exemplo, a MUTV, o canal do Manchester United, e o Olympic Channel, o canal OTT do Comitê Olímpico Internacional.

Há algum tempo falamos aqui no Altavista.news sobre a profissionalização do conteúdo por parte dos clubes de futebol.

O artigo de Paulo Henrique Ferreira, jornalista, diretor da Barões Digital Publishing e ex-diretor de mídias digitais do Lance!, apontava sua preocupação com o desenvolvimento de plataformas completas de conteúdos, focadas nas mídias digitais.

Apenas para ressaltar que, nos últimos meses, as redes Facebook, Twitter, Amazon e Google começaram a comprar direitos de grandes eventos esportivos.

Alguns já são transmitidos por meios de suas plataformas enquanto outros tem serviços dedicados OTT.

O Twitter comprou os direitos para o futebol americano transmitido nas quintas-feiras (o Thursday Night Football).

O Facebook, que já tinha garantido os direitos do beisebol americano, acaba de comprar a exclusividade da La Liga para a Índia e outros sete países na Ásia.

A Amazon investiu pesado em 20 jogos da English Premiere League, o campeonato inglês de futebol.

E por aí vai.

O Marketing OTT

Serviços como Netflix, HBO Max e Disney+ são alguns exemplos de canais OTT, ou canais de vídeo baseados na Internet.

Para este ano, a estimativa é que sejam investidos cerca de U$ 9 milhões em publicidade nestes canais, somente nos EUA.

Em outras palavras, quem estiver pensando em criar um canal OTT, agora é a hora, pois existe sim um espaço para lucrar com a publicidade.

De acordo com MazSystems, o marketing OTT é a entrega de anúncios através de streaming de vídeo online.

Em suma, quando falamos de marketing OTT, estamos falando também da publicidade televisiva conectada (ou publicidade CTV), que executa anúncios em vídeo, em banners, conteúdo patrocinado e muito mais.

Por outro lado, vale ressaltar que este modelo é bem diferente da publicidade tradicional que estamos acostumados a ver na TV aberta.

O marketing OTT permite que “as empresas contornem os provedores tradicionais de TV, que geralmente controlam a mídia e a distribuição de conteúdo entre as regiões”.

Dessa forma, os anúncios OTT deram aos marqueteiros uma ferramenta poderosa de assertividade de público.

Assim, o funil de vendas para alcançar diretamente o público e levá-los a comprar seus produtos funciona de forma certeira.

E por que as marcas estão investindo no marketing OTT?

O ano de 2020 foi um ano de aceleração de muitas tendências, e o marketing on-line não é exceção.

Um dos setores que mais cresceram com a pandemia da Covid-19 foi o comércio eletrônico. Isso permitiu que várias empresas experimentem ferramentas de marketing OTT.

Surgiu então a popularização dos anúncios baseados em algoritmos, para ajudar a impulsionar as vendas.

Com o OTT, as marcas escolhem como e quando veicular suas campanhas de marketing para atingir determinados dados demográficos.

Assim, o que antes era destinado aos anúncios genéricos, agora são é investido de forma direcionada ao público alvo da campanha, acelerando o processo de venda.

“O marketing OTT ajuda a minimizar o desperdício de publicidade”, diz a equipe da MazSystems.

Como já falamos, os comerciais digitais OTT funcionam através de um direcionamento preciso. Nesse sentido, quando o cliente estiver interessado em roupas de atletismo, provavelmente verá anúncios relevantes por marcas nesta categoria enquanto assiste à TV inteligente.

Outro benefício da publicidade OTT é suas ferramentas embutidas que permitem às marcas redirecionar os telespectadores através da web e do tráfego móvel. Isso é conhecido no marketing como o loop de cross-canal, que permite que uma campanha acompanhe o consumidor ao redor da web.

Mas calma, isso não significa que o marketing OTT vai acabar com a TV. Em resumo, “os marqueteiros podem efetivamente redirecionar um telespectador que tenha visto um certo material de TV inteligente com anúncios promovidos em outros sites posteriormente”.

Por fim, o retorno

Embora os benefícios do marketing de topo sejam vastos, há também alguns desafios que devem ser trabalhados à medida que o meio cresce.

E aqui estamos falando da capacidade das marcas em medir com precisão o sucesso das campanhas, como o retorno sobre o investimento (ROI).

A conversão de vendas via marketing OTT é muito mais precisa do que na publicidade móvel. Inclusive, esta última, depende e muito de informações reais para analisar as conversões de vendas.

Para construir um aplicativo OTT e começar a rentabilizar, você pode contatar a MazSystems. A empresa cria plataformas sem código, o que permite a qualquer entidade lançar um canal de streaming totalmente personalizado e monetizável em uma fração do tempo. Para saber mais, clique aqui.

Também existem plataformas gratuitas, como a Roku. No entanto, é preciso ter experiência técnica para poder navegar e criar os conteúdos. Embora isso seja bastante interessante, a plataforma adota o modelo de revenue share, ou seja, a Roku participa da receita do canal.

Para ler o artigo de Ricardo Fort, vice-presidente global de patrocínios e eventos da Coca-Cola, publicado no portal Meio e Mensagem, clique aqui.


Foto: Jens Kreuter.