Empresas investem para reduzir déficit de profissionais em tecnologia

Empresas investem para reduzir déficit de profissionais em tecnologia

O Brasil precisará de 300 mil profissionais de tecnologia até 2024, por isso empresas estão inovando para reduzir o déficit de profissionais.

Por Redação em 04/01/2021

De acordo com um estudo do Centre for Public Impact (CPI) em parceria com a Fundação Brava e o BrazilLAB, o Brasil deve precisar de mais de 300 mil novos profissionais de tecnologia até 2024. Embora este dado seja bastante positivo para os interessados na área, existem poucos profissionais capacitados no mercado brasileiro. Pensando em suprir essa necessidade, algumas empresas estão lançando programas acessíveis de tecnologia, afim de reduzir o déficit de profissionais em tecnologia.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, esta conta está longe de fechar. Afinal, a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), admitiu que o Brasil forma todos os anos cerca de 46 mil pessoas com perfis para ocupar estas vagas em tecnologia. E desta forma, a conta não fecha.

“É o maior déficit da América Latina. Trocando em miúdos, somos o País que tem mais diferença entre demanda e oferta de profissionais”.

Para reduzir o déficit de profissionais em tecnologia      

Com o objetivo exclusivo de reduzir esse déficit de profissionais em tecnologia, muitas empresas privadas, e, diga-se de passagem, de diversos setores, estão desenvolvendo cursos e programas de capacitação em tecnologia.

O Grupo Boticário está na lista dessas empresas. Com cerca de 130 vagas para cursos de full stack e front end.

O programa Desenvolve foi criando em parceria com o Instituto Boticário, é destinado a pessoas de baixa renda de todo o território nacional, e terá duração de seis meses.

“Nosso time dobrou de tamanho de 2019 para 2020, com quase 200 novas vagas, e deve dobrar novamente em 2021”, explicou Gabriel Kolbe, trainee em tecnologia e responsável pela iniciativa, no Grupo Boticário.

Segundo ele, atualmente, há 99 postos de tecnologia a preencher na empresa.  

O case Mercado Livre

A gigante Mercado Livre está entre as corporações que vão apostar ou já apostam na formação maciça para profissionais de tecnologia. E empresa está lançando o Certified Tech Developer, desenvolvido em parceria com a Globant e a Digital House.

A ideia é que em dois anos o programa tenha formado pelo menos 10 mil jovens entre Brasil, Argentina e Colômbia. Do total de vagas do programa, 2,5 mil terão bolsas de estudo que cobrem 95% do custo.

André Chaves, vice-presidente sênior de desenvolvimento estratégico do Mercado Livre no Brasil, declarou que a “tecnologia deixou de ser uma área de suporte para ser um negócio central”.

Nesta mesma linha, Alexandre Thomaz, diretor geral da Globant no Brasil, explica: “está muito claro que existe um grande déficit, fortemente puxado pela aceleração da transformação digital de todos os setores”.

A redução de déficit de profissionais e a oportunidade perfeita

Recentemente falamos aqui no Altavista.news sobre algumas iniciativas de ensino que estão inovando para facilitar a entrada do candidato no mercado de trabalho. A startup Lavore Mio é uma delas.

De acordo com Paulo Miri, co-fundador da Lavore Mio, a empresa oferece um plano de carreira aberto ao público, assim direciona o candidato a determinada função, para que ele atenda aos requisitos necessários para conquistar a colocação desejada no mercado de trabalho.

Desta forma, a Lavore Mio auxilia na formação dos profissionais que as empresas precisam. Por outro lado, o candidato terá o conhecimento necessário, comprovado, e se tornará oficialmente apto para determinada vaga/função.

A Lavore Mio acredita na tecnologia de blockchain para registrar toda a formação do indivíduo, assim ficam “anotados” em um sistema todos os diplomas e certificados.

Para ler a matéria na íntegra, clique aqui.


Foto: Tirza van Dijk.