Uma verdadeira ferramenta contra a falsificação de diplomas de conclusão de cursos. De acordo com a jornalista especialista em blockchain, em artigo publicado no Exame, Claudia Mancini, esse é o papel principal do blockchain na educação.
O jornalista John Bear, escreveu um livro “Degree Mills: The Billion-Dollar Industry That Has Sold Over a Million Fake Diplomas”, na tradução “Moinhos de grau de instrução: A indústria bilionária que já vendeu mais de um milhão de diplomas falsos”.
De acordo com a publicação, metade dos diplomas de PhD nos EUA eram pura mentira.
Mesmo tendo sido lançado em 2012, o tema é bastante atual. Todos os anos, o país emite cerca de 45 mil diplomas e quase a mesma quantidade de títulos falsos.
“Por isso, a tecnologia blockchain tem sido apontada como ferramenta contra essa farra. Com essa tecnologia, é possível criar redes que conectam participantes como escolas, universidades, empregadores e órgãos públicos de educação”.
Dessa forma, quando um estudante insere uma informação acadêmica na rede, é possível verificar sua veracidade e, então, fazer um registro imutável e criptografado nos blocos.
“Além disso, uma vez registrado, esse histórico pode ser acessado pelos interessados: por exemplo, a universidade checa dados do estudante que tenta se inscrever na instituição e o empregador verifica se o diploma é real”.
Blockchain na educação: o case Lavore Mio
A startup Lavore Mio percebeu uma brecha no mercado e criou um plano de requalificação profissional.
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Além de usar o blockchain na educação, a Lavore Mio utiliza o sistema para registrar os diplomas e certificados. A startup ainda oferece um planejamento de carreira.
“Ofereceremos um plano de carreira aberto, com direcionamentos para que o candidato a determinada função atenda aos requisitos necessários para conquistá-la. Ou seja, ele terá o conhecimento necessário, comprovado, e desta forma, se tornará oficialmente apto”, explica Paulo Miri, co-fundador da empresa.
Inclusão com facilidade
De acordo com Claudia Mancini, o blockchain não é utilizado somente para evitar fraudes.
“ Um outro uso, que também seria muito interessante para o Brasil, é o de facilitar a inclusão de estudantes de baixa renda, sem acesso a computador ou internet, ao sistema universitário”, comenta.
Segundo o artigo, estamos apenas iniciando com o uso do blockchain, por isso ainda não vislumbramos a quantidade de possibilidades do uso do blockchain na educação.
“A oportunidade está dada, é só pegar”.
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Foto: Honey Yanibel Minaya Cruz.