A inovação tecnológica chegou para ficar. E como nunca antes, o blockchain está sendo utilizado no rastreamento de carne bovina.
A novidade veio do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), que recentemente anunciou que está desenvolvendo, em parceria com outras empresas especializadas, um projeto inédito de blockchain para o setor do agronegócio.
As empresas em questão são a Safe Trace, especialista no rastreamento de alimentos e suas cadeias produtivas, e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII),
De acordo com o Portal CIO, o projeto batizado como Agro Trace Chain, tem como “objetivo evoluir o protótipo além do produto mínimo viável (MVP) de uma solução que rastreia a produção de carne bovina”.
Antes de ser apresentada oficialmente ao mercado, a solução passou por testes de desempenho e análise de mercado.
Para desenvolver o projeto de blockchain no rastreamento de carne bovina, foram necessários seis meses de desenvolvimento da ferramenta pela CPQD e Safe Trace.
“A intenção agora é ganhar escala, ampliar as aplicações e atender a novos requisitos dos clientes, como a conformidade socioambiental das propriedades e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), por exemplo”, afirma Vasco Picchi, diretor de Novos Negócios da Safe Trace.
Blockchain no rastreamento de carne bovina na prática
A dinâmica é bastante simples. Cada boi é registrado no sistema de rastreamento e adicionado ao banco de dados que opera com tecnologia blockchain.
Assim o produtor tem acesso a dados fundamentais, os quais na maioria das vezes, sem este sistema, não teria acesso. Ou seja, ele pode acompanhar de perto, mesmo que a distância, a evolução da sua produção.
Leia também
“Essa rede permitirá enxergar toda a cadeia produtiva da carne, que começa na propriedade rural e passa pelos frigoríficos, centros de distribuição até chegar ao varejo. Dessa forma, poderemos garantir mais transparência para o consumidor, não só em relação à qualidade do produto que está comprando como também no que diz respeito a questões socioambientais”, conclui Picchi.
Blockchain na saúde
Há pouco menos de um ano, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), desenvolveu um projeto de rastreamento na área da saúde.
Em parceria com a wconnect, o CQPD assegurou a parte legal de viabilidade da Simples Receita, via blockchain.
A plataforma Simples Receita mudou definitivamente a relação entre médicos e pacientes desde o início da pandemia.
De forma que o paciente passou a ser atendido via telemedicina, e a receita passou a ser registrada, via blockchain, e encaminhada, por meio da plataforma, para a farmácia de preferência do paciente.
Todo esse movimento evitou com que o paciente precisasse ir pessoalmente até a farmácia para adquirir seus medicamentes. E o melhor, com toda a segurança da tecnologia de blockchain.
Para saber mais, clique aqui.
Foto: Alexander Van Steenberge.