Blockchain no combate à falsificação de bebidas

Blockchain no combate à falsificação de bebidas

A falsificação custa ao Brasil bilhões de reais todos os anos. Com o uso de blockchain, a tecnologia dá um basta na falsificação de produtos.

Por Redação em 08/02/2022

O mercado da pirataria e falsificação de produtos custa ao Brasil centenas de bilhões de reais todos os anos. Apesar de este ser um problema antigo, ele também é bastante conhecido. Com o uso de blockchain, a tecnologia entra no combate à falsificação de produtos.

De acordo com a Receita Federal, a atividade da falsificação é comparada ao tráfico de drogas. Quadrilhas locais e internacionais lucram com a venda de produtos de baixa qualidade e podem inclusive, ocasionar algum dano à saúde do consumidor.

A entrada no Brasil de produtos falsificados acontece, em grande parte, pelos portos de Santos (SP), Itajaí (SC), e Itaguaí (RJ). Neste caso, estamos falando de containers que muitas vezes atravessam o mundo para chegar até o Brasil. A origem dos produtos falsificados, na maioria das vezes, é a China.

Vamos ao caso do container. Cada container comporta pelo menos 20 toneladas de produtos. Segundo a Receita Federal, cada container apreendido significa a perda de milhões de reais por parte dos contrabandistas.

Blockchain para importação é garantia de combate a falsificação 

Recentemente a Maersk, responsável pela distribuição de insumo em diversos países, acredita na resiliência omnicanal, onde o produto é monitorado desde a fabricação até a entrega de última milha. 

A empresa utiliza a tecnologia de blockchain para assegurar a procedência e monitorar a rota de entrega dos containers com produtos.

A Maersk usa a plataforma TradeLens altamente integrada permite que os fornecedores gerem atualizações de status em tempo real sobre as remessas, fornecendo visibilidade completa para as partes interessadas.

Uma grande vantagem atrelada ao uso de blockchain pela Maersk está no gerenciamento de estoque. Ele também é sincronizado sem esforço e as atualizações de status podem ser facilmente “integradas”. Ou seja, segurança total para quem compra e para quem vende. 

São Paulo na rota brasileira de falsificação

Engana-se quem pensa que os produtos falsificados somente entram no Brasil. Infelizmente o país também apresenta episódios diversos de empresas clandestinas que falsificam produtos.

Um exemplo foi apresentado pela polícia de São Paulo, onde os falsificadores embalavam bebidas de baixa qualidade, inseriam novos rótulos e vendiam no comércio a preço de produtos verdadeiros.

Os clientes, por sua vez, compravam pelo preço original um produto falsificado em salas aos fundos de distribuidoras de bebidas e outros comércios.

Assista ao vídeo.

Reprodução Youtube.

A solução vem da tecnologia

Assim como a Maersk diversas empresas estão apostando no uso da tecnologia de blockchain para garantir a procedência da produção.

De acordo com Mauricio Conti, engenheiro e CPO wconnect, diversas empresas estão buscando a solução blockchain, capaz de combater a falsificação.

“Como o blockchain salva as informações em diversos blocos e torna um dado quase que imutável, a solução é utilizar blockchain para rastrear todo o processo de produção até a entrega do produto. Ou seja, todo o ecossistema é monitorado”, explica.

De acordo com o CPO, no Brasil, muitas vinícolas estão optando pelo uso do blockchain para garantir a origem e o rastreamento da produção.

“O vinho é só um dos exemplos. Hoje o Carrefour faz o acompanhamento de toda a produção de hortaliças, por exemplo. O blockchain também é bastante utilizado pelo agronegócio, e assim por diante”.


Foto: Jcomp/ Freepik.