b-connect: a plataforma em Hyperledger Fabric para exportadores

b-connect: a plataforma em Hyperledger Fabric para exportadores

A Receita Federal (RF) está começando a subir os dados do Brasil na plataforma blockchain b-connect, de comércio exterior.

Por Redação em 11/03/2021

A Receita Federal (RF) está começando a subir os dados do Brasil na plataforma blockchain b-connect, de comércio exterior. A notícia vem do Portal Blocknews.

De acordo com o Portal, no início, a b-Connect servirá para troca de dados sobre os operadores econômicos autorizados (OEAs) de cada país.

Essas empresas têm autorização para uma liberação mais rápida de carga nas fronteiras. Mas, a Receita já prevê expansão da plataforma para outros serviços.

Segundo Sérgio Garcia Alencar, coordenador operacional aduaneiro da Receita, cada país deve informar seus dados. “Os prazos, por conta da pandemia, foram sendo adiados”, disse ao Blocknews.

A ideia da Receita Federal é incluir, mesmo que a longo prazo, cerca de 20% das empresas que operam no comércio exterior.

Trata-se de 4 mil empresas aproximadamente. Elas processam a maior parte das transações. “O sistema é tranquilo”, completou.

b-Connect destrava desconfianças

A plataforma blockchain b-Connect resolveu o problema da falta de confiança entre os países. Uma questão bastante frequente e comum na troca de dados entre nações.

Isso porque, justamente, essa troca envolve temores sobre questões como regulação, língua, soberania e controle de dados e quem paga a conta do sistema.

“Além disso, no caso dos OEAs, acaba com as trocas quinzenais de emails – ou seja, dá mais celeridade ao processo e confiança com os dados registrados”.

Para Ronald Thompson, auditor-fiscal da Receita Federal que liderou o desenvolvimento da b-Connect na instituição, o blockchain no comércio exterior está ajudando a tirar as travas para trocas de dados.

“Com blockchain, não é preciso falar para o outro país usar este ou aquele protocolo, certificado ou centro de dados. Você cria um nó que fala com a blockchain, um outro nó fala com a blockchain e tudo acontece”, afirmou.

De acordo com ele, essa primeira fase do b-Connect envolve dados menos sensíveis do que se pretende adicionar depois. São informações cadastrais das empresas e são públicas.

Nesse contexto, para cada serviço de compartilhamento de dados, é necessário que existam acordos entre os países, pois assim garantem a legalidade dessas trocas. E quanto mais sensíveis os dados, mais delicado é o processo.

Expansão

Em suma, Sérgio Alencar já prevê novas fases da rede. Segundo ele, a previsão é ter uma expansão lateral e uma vertical do b-Connect.

Ele explica que a lateral é para permitir que países com acordo de OEA com o Mercosul usem o sistema.

Sobre os acordos, há acordo bilateral do Brasil com China, Bolívia e Uruguai. Há também o acordo entre os quatro países do Mercosul.

Contudo, Brasil e Estados Unidos também discutem acordo há cinco anos.

Por sua vez, o Mercosul negocia com a Aliança do Pacífico, formada por Chile, Colômbia, México e Peru.

A Aliança usa Hyperledger Besu e o b-Connect é na Hyperledger Fabric . A ideia, no entanto, é cada um continuar usando o seu sistema. “O grande pulo do gato é quando conseguirmos integrar as plataformas”, completou Alencar.

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Foto: Guillaume Bolduc.