FIDC: o que é e como funciona?

FIDC: o que é e como funciona?

FIDC: o que é e como funciona? FIDC significa "Fundo de Investimento em Direitos Creditórios". Trata-se de um fundo de renda fixa.

Por Redação em 30/01/2022

FIDC é a sigla para Fundo de Investimento em Direitos Creditórios.

Como todo fundo de investimento, ele funciona como uma espécie de condomínio. Nesse caso, cada investidor arca com uma cota mensal, que se somará à dos demais investidores, para que o montante acumulado seja investido pelo administrador financeiro da melhor forma possível.

O que é o FIDC?

Tecnicamente, ele é um fundo de renda fixa.

A sua diferença básica com relação aos demais fundos é o fato de que pelo menos metade do montante capitalizado deverá ser aplicado nos chamados “Direitos Creditórios”, que podem ser definidos como todo benefício ou direito financeiro obtido a partir de determinados créditos que uma empresa tem a receber.

São os casos, por exemplo, dos direitos relativos aos créditos com cheques, duplicatas, aluguéis, empréstimos, faturas de cartões de crédito, crediários, entre outras operações semelhantes. Nesses casos, os valores aos quais terá direito com essas operações podem ser negociados na forma de títulos. Esses títulos, ao serem repassados para outros indivíduos, geram uma operação conhecida como “securitização”.

O que ocorre é o seguinte: digamos que uma empresa efetue uma venda com crediário. Essa empresa começará a receber, dentro de trinta dias, o valor das parcelas referentes à venda da mercadoria. No entanto, ela tem a prerrogativa de transformar esse recebível em um título, e, com isso, receber antecipadamente os valores das parcelas.

Para tal, será preciso que ela abra mão do direito de receber tais valores. Nas mãos do investidor o crédito será considerado mais uma cota que, somada a outras, formará um capital a ser gerido pelo administrador de Fundos.

Como funciona?

O mecanismo desse tipo de operação funciona semelhantemente ao dos demais Fundos de Investimentos. O processo ocorre, primeiramente, por meio da contratação de uma instituição financeira capaz de optar pelos caminhos mais rentáveis e seguros para o investimento.

Nesse caso, caberá ao administrador, ou instituição financeira, repassar uma certa quantidade de cotas para os investidores interessados.

A compra dessas cotas automaticamente autoriza os administradores a utilizá-las da forma que bem entenderem, seja investindo em ações da bolsa, em fundos de renda fixa, fundos imobiliários, previdenciários, entre outras formas de investimento, capazes de converter-se em boas remunerações para os cotistas no futuro.

Tipos de cota

1. Cota Sênior

Esse é um tipo de cota mais relacionada com a preferência na hora do resgate. Ela também se comporta como um fundo de renda fixa, com uma rentabilidade que pode chegar a até 135% do CDI.

O cotista Sênior tem alguns “privilégios” em relação aos demais. Por exemplo, mesmo que a remuneração seja inferior ao que se esperava, esta será imediatamente corrigida (mesmo com prejuízo aos demais cotistas), a fim de que ele tenha assegurada a rentabilidade prevista.

2. Cota Mezanino

As cotas Mezaninos são, digamos, um meio termo entre as cotas Seniores e as Subordinadas. Se por um lado elas têm a primazia do resgate em relação aos cotistas Subordinados, por outro lado estão sujeitas às condições relacionadas com a remuneração dos cotistas Seniores.

3. Cota Subordinada

Já o cotista Subordinado, como o próprio nome diz, está subordinado ao cotista Sênior, no sentido de que só resgatará a sua remuneração após a remuneração dele.

É uma condição que pode causar situações controversas, como, por exemplo, o fato de essa correção dos rendimentos dos cotistas Sêniores ser feita com uma parte dos rendimentos que, supostamente, seriam dos Subordinados.

A sua grande vantagem é que, enquanto os Seniores trabalham com uma taxa prefixada, ou seja, não poderão ganhar mais do que o previsto, os Subordinados ganharão mais, caso a rentabilidade seja maior.

Isso significa que o cotista Subordinado é uma espécie de garantia para os demais. Já que a sua situação dependerá das operações dos outros investidores.

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Foto: Andre Taissin.