Estudo utilizado pela Unicef embasa reabertura das escolas

Estudo utilizado pela Unicef embasa reabertura das escolas

Estudo "Covid-19 e Escolas: O que podemos aprender com seis meses de fechamentos e reaberturas" embasa reabertura das escolas.

Por Redação em 26/12/2020

O artigo “Covid-19 e Escolas: O que podemos aprender com seis meses de fechamentos e reaberturas”, publicado pelo Insights for Education, dá base para a reabertura das escolas.

Em suma, o estudo concluiu que a abertura de escolas não tem relação com as taxas de infecção por Covid-19. Além disso, ele constatou que a maioria das nações que estão sem aulas presenciais são países pobres na primeira onda da pandemia e o déficit educacional deles será exacerbado.

Como foi feito o estudo

O estudo foi feito a partir da análise de 191 países por um período de sete meses (entre 10 de fevereiro e 29 de setembro) com o objetivo de analisar e comparar variáveis que influenciam a decisão de líderes de governos e da sociedade quanto à reabertura das escolas.

Os dados foram coletados a partir da análise diária de relatórios ministeriais, planos e políticas de resposta dos países, além de dados de instituições como Unesco e Banco Mundial e de veículos internacionais de imprensa

Mitos sobre a reabertura das escolas que o estudo rebate

No relatório da pesquisa, a Insights for Education defende que não há um padrão consistente entre a reabertura das escolas e os níveis de infecção.

“Embora nenhuma relação causal deva ser inferida globalmente em qualquer caso, não houve qualquer relação consistente entre as datas de fechamento das escolas e os casos de infecção relatados na população. Desde o fechamento, alguns países viram os níveis de infecção caírem, em muitos outros eles aumentaram – padrões que são provavelmente devido a vários fatores, e nenhuma conexão com a abertura das escolas pode ser claramente estabelecida”

Covid-19 e Escolas: O que podemos aprender com seis meses de fechamentos e reaberturas

Outro mito apontado no relatório é que “os países que experimentam uma segunda onda de infecção mantiveram as escolas fechadas”. Para refutá-lo, a entidade aponta que “apenas 9% dos países nas segundas ondas (4 de 45) estão mantendo as escolas fechadas; 89% (40 de 45) reabriram seus sistemas escolares; 2% estão de férias”.

Unicef apela para governantes priorizarem a volta das aulas presenciais

O Unicef lançou um comunicado oficial tendo o estudo como referência. A instituição alerta sobre os “impactos devastadores no aprendizado, no bem-estar físico e mental e na segurança” das crianças em decorrência do período prolongado com escolas fechadas. Na ocasião, o chefe global do Unicef afirmou que fechar as instituições de ensino significa ir na direção errada.

No Brasil, mais de 400 pediatras redigiram uma carta pedindo a reabertura das escolas – com cuidados a serem tomados.

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Foto: NeONBRAND.