Escolas americanas de ensino fundamental e médio criaram um guia sobre transição de gênero para diretores e conselheiros pedagógicos que fazem parte de um distrito educacional em Ohio, nos Estados Unidos. O material orienta os professores a iniciar a transição social de alunos que não se identificam com o gênero de nascimento, mesmo sem o consentimento dos pais deles.
As diretrizes foram analisadas pela organização sem fins lucrativos Parents Defending Education (Pais defendendo a educação, em português). De acordo com o que foi divulgado pela PDE, professores e funcionários são orientados sobre como tratar os alunos que se identificam como sendo do sexo oposto, mesmo sem que os estudantes peçam ajuda dos profissionais. As orientações vão desde sobre como devem ser feitos os cadastros nas escolas, a abordagem dos alunos em sala de aula e comunicação com os pais a detalhes sobre acesso a banheiros e vestiários, além de cuidados com viagens escolares.
“O status de transgênero de um aluno ou o gênero atribuído no nascimento dele não são considerados informações públicas e, portanto, não podem ser divulgadas sem consentimento prévio”, diz o texto. O documento também pede que funcionários “não divulguem informações que possam revelar o status de transgênero de um aluno para outras pessoas, incluindo pais e outros funcionários, a menos que seja legalmente obrigatório fazê-lo”.
Superintendente fala sobre transição de gênero – pais não foram informados de nada
A ONG também teve acesso a um e-mail escrito pelo superintendente da regional escolar de Ohio, Mark Raiff.
O e-mail detalha que, embora a administração distrital, funcionários e professores sejam “obrigados a manter o nome legal e o gênero atribuídos no nascimento em todos os documentos e registros permanentes, qualquer outro documento não oficial da escola deve apresentar o nome escolhido pelo próprio aluno”.
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No que diz respeito ao uso do banheiro, o guia pedagógico estipula que um aluno “deve ter acesso a instalações que correspondam à sua identidade de gênero” e que os estudantes não devem ser obrigados a usar um banheiro de cabine individual, excluídos dos demais colegas.
A PDE reclama que as diretrizes propostas não foram apresentadas em reuniões públicas nem votadas pelos funcionários do conselho escolar. Por isso, não houve oportunidade para a comunidade oferecer contribuições ou críticas ao material.
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Foto: Taylor Wilcox