O Governo Jair Bolsonaro deu mais um importante passo em relação à iniciativa americana de barrar a tecnologia do 5G chinês. Foi na terça-feira (10/11/2020), que o governo brasileiro declarou apoio à iniciativa “Clean Network” (“Rede Limpa”), lançada pelo governo Donald Trump.
A declaração aconteceu durante cerimônia no Itamaraty com o secretário de Crescimento Econômico, Energia e Meio Ambiente do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Keith Krach, e o secretário de Negociações Bilaterais e Regionais nas Américas, embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva.
A proposta americana é banir das redes de telecomunicações possíveis fornecedores “não confiáveis”, como o 5G chinês, por exemplo.
De acordo com a reportagem do Infomoney, o programa lançado por Donald Trump visa proteger a privacidade de cidadãos bem como as informações sensíveis de empresas de invasões agressivas de “atores malignos como o Partido Comunista Chinês (PCC)”, declarou.
Durante o evento o embaixador Costa e Silva declarou que o Brasil apoia os princípios do Clean Network feita pelos Estados Unidos, inclusive na Organização Para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“Vamos promover no contexto do 5G e outras novas tecnologias um ambiente seguro, transparente e compatível com os valores democráticos e liberdades fundamentais”, declarou o embaixador Costa e Silva.
Brasil e EUA contra 5G chinês: o que isso significa na prática?
Trocando em miúdos, o não oficializou a negociação com sistemas americanos, pois ainda falta um decreto presidencial para isso.
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Por outro lado, afasta ainda mais a possibilidade de o Brasil firmar uma parceria com a Huawei em relação ao 5G.
“O Brasil é o primeiro país da América Latina a respaldar os princípios da Rede Limpa”, celebrou Krach. Segundo ele, 31 dos 37 países da OCDE já fazem parte do programa.
Huawei
A chinesa ainda é líder em fornecimento de aparelhos para rede 5G e outros de telecomunicações no Brasil e no mundo.
O Brasil é um dos palcos mundiais da disputa entre China e EUA pela liderança na tecnologia, com um leilão do 5G agendado para 2021.
Os Estados Unidos acusam a empresa chinesa de permitir brechas nas redes para espionagem e controle por parte do governo do Partido Comunista Chinês. Apesar das acusações americanas, a empresa e o governo rebatem as denúncias.
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Foto: James Yarema.