Crise econômica chinesa força governo a atitudes desesperadas

Crise econômica chinesa força governo a atitudes desesperadas

O Portal Visão Libertária publicou um artigo escrito por Peter Turguniev que faz uma dura e realista crítica a crise econômica chinesa.

Por Redação em 04/01/2021

O Portal Visão Libertária publicou um artigo escrito por Peter Turguniev que faz uma dura e realista crítica a crise econômica chinesa. Sabe-se que o governo chinês tem tomado ações de ameaça contra Hong Kong, contra Taiwan e contra jornalistas que divulgam informações sobre a epidemia no país. Infelizmente, também ações contra grandes empresários de lá.

Uma das atitudes desesperadas do governo contra empresários foi com Jack Ma, o criador do Alibaba.

Ele foi proibido de fazer o IPO do ANT Group, que é seu aplicativo de pagamento AliPay, e agora está sendo obrigado a desmembrar suas empresas.

Logo depois, o caso mais suspeito, foi a morte de Lin Qi, presidente da empresa de games Yoozoo, muito conhecida pelo jogo Game of Thrones, que aconteceu no final de 2020.

De acordo com Peter Turguniev, muita gente está percebendo a “crescente violência do regime chinês, do governo chinês, do partido comunista chinês como uma demonstração de força, de como o comunismo pode submeter qualquer adversário”.

Agora vamos pensar mais a fundo. Supondo que a China tivesse o regime efetivamente poderoso que diz ter, não precisaria brigar com a população, ameaçar outros países e muito menos matar empresários ou usar violência estatal para desmembrar fortuna, certo?

Turguniev afirma em seu artigo que “toda vez que o estado precisa chegar a isso é demonstração de fraqueza. Não de força. O regime comunista chinês está chegando próximo do limite de vida. Todo regime comunista, mais dia menos dia, desmorona sozinho”.

Entenda o contexto da crise econômica chinesa

Aparentemente, a China se saiu muito bem da pandemia de Covid-19. Embora tenha sido o primeiro país atingido, o número de mortos e infectados acabou muito abaixo do de outros países, inclusive proporcionalmente se comparado a países muito menores.

Embora tenha reportado uma pequena queda na atividade econômica no primeiro trimestre de 2020, depois disso reportou só números positivos e muito melhores que o resto do mundo. Talvez seja o único país a ter crescimento positivo nesse ano.

Vale ressaltar que a China produz cerca de 95% dos equipamentos hospitalares e de segurança de trabalho para o mundo todo.

Ainda assim, esses números da China parecem bons demais para serem verdade.

Outro dado importante é que em regimes autoritários, como a China, esconder números ruins e inventar números bons é bastante corriqueiro. E justamente por isso não dá pra confiar em todos os números chineses.

Agora vejam esse exemplo: durante muito tempo, a indústria da construção civil construiu literalmente dezenas de cidades fantasmas. É isso mesmo. A china construiu cidades inteiras apenas para vender apartamentos, na expectativa de que um dia aqueles lugares virarem cidades de verdade e as construções valorizem.

“O resultado disso estamos vendo agora. Várias empresas chinesas estão em default, ou seja, não conseguem pagar suas dívidas. Empresas falirem é algo que acontece em todo o lugar. Principalmente em um ano de crise como esse. Sempre vai ter empresas que calcularam errado o risco, ou cujo modelo de negócios não funcionou bem, no final das contas é doloroso, mas faz parte do ciclo econômico. Mas quando muitas empresas quebram como está acontecendo na China hoje, tipicamente isso deriva de incentivos do governo. Mais uma evidência de problema do cálculo econômico no socialismo”, aponta.

Para ler o artigo de Peter Turguniev na íntegra, clique aqui.


Foto: Nuno Alberto.