Cadeira do Povo: o código de defesa do eleitor

Cadeira do Povo: o código de defesa do eleitor

O brasileiro está cansado de tantas mentiras. O Cadeira do Povo vem para desmistificar. É um compromisso sério com os eleitores.

Por Redação em 04/10/2020

O jornalista e radialista Itamar Gonçalves inovou ao registrar em cartório os compromissos que assumiu enquanto candidato no ano de 2018. E imediatamente isso resultou em um projeto pioneiro e inovador. Trata-se do projeto Cadeira do Povo.

“Antes de tudo, o brasileiro está cansado de tantas mentiras. De acordo com a população, os políticos são taxados mentirosos. Mas o Cadeira do Povo vem como alternativa de compromisso sério com os eleitores”, declarou.

Ele explica que projeto se torna viável quando, ao listar as propostas e compromissos, elas são registradas em cartório. Dessa forma, como uma espécie de contrato com a população.

“O projeto Cadeira do Povo pode ser entendido como um código de defesa do eleitor, dessa forma ao confiar o voto a determinado candidato, pode-se cobra-lo quando eleito”.

Embora o projeto criado pelo jornalista pareça um simples contrato, muito pelo contrário, ele vai além disso. O projeto apresenta pontos que o candidato deve adotar.

Confira algumas premissas do Cadeira do Povo

Escolha dos assessores

Os assessores do vereador, do prefeito ou do deputado devem ser escolhidos por uma junta composta por cidadãos e representantes do poder público.

“Ora, se o mandato é do cidadão, o eleito deve permitir que aqueles que confiaram a ele o seu voto, ajudem na escolha dos assessores. Desta forma, a comunidade terá assessores trabalhando pela cidade e não pelo político”, defende.

Nomeação de parentes

“Todos sabemos que o nepotismo é crime. Ainda assim, vários eleitos arrumam cargos para seus parentes, direta ou indiretamente. E isso é uma vergonha. Ou seja, não podemos mais admitir políticos que legislam em bem próprio. Ele deve trabalhar para a cidade, para o estado e para o país”.

Eleitores participando diretamente dos posicionamentos dos eleitos

“Vamos tomar um vereador como exemplo. Se tem um projeto na Câmara de Vereadores e a população é contra, o vereador eleito pela população não pode e não deve votar a favor”.

Redução de salários

“Ainda usando um vereador como exemplo, pode-se criar um projeto de lei popular. Para isso é necessário reunir 5% da população a favor do fato. A sugestão do Cadeira do Povo é fixar o salário do vereador em cinco salários mínimos e dos assessores em 4 salários mínimos”.

Para o criador do projeto, esta é uma forma, afinal, de moralizar a política.

“Hoje em dia ninguém mais acredita em político. E a população tem razão. Faz pelo menos 35 anos que estamos sendo enganados. Prometem acabar com a fome. Acaba o mandato, mas a fome não acaba. Prometem acabar com a corrupção, mas a corrupção não acaba, e assim por diante. Em suma, estamos cansados de promessas falsas, e o Cadeira do Povo resolve isso”, explica.

O projeto nos municípios

Alguns candidatos já assumiram o compromisso com seu município assinando suas propostas e aderindo ao Projeto Cadeira do Povo.

Em Valinhos, por exemplo, Reinaldo Camargo assumiu o projeto Cadeira do Povo, assim como o Projeto Vereador de um Mandato só.

“Quero ser exemplo, não só para meus filhos, mas também o agente de uma tradição a ser implementada no Brasil”, declarou Camargo.

Reinaldo registrou o projeto Cadeira do Povo em Valinhos como formador. Sua premissa é formar em 4 anos seus sucessores neste conceito.

“O grupo Cadeira do Povo é para aqueles que queiram tornar esta antiga prática do Brasil, em um mandato “voluntário” de forma atual, formando o maior grupo de eleitores-consumidores de verdade, não desprezando o pluralismo político e de ideias e priorizando o retorno social”, explica Reinaldo Camargo.

Atualmente, outros candidatos no Estado de São Paulo estão aderindo ao Cadeira do Povo.

“Por fim, pela primeira vez no Brasil, o eleitor tem o direito legal de cobrar os políticos e o valor do seu voto”, concluiu Itamar Gonçalves.


Foto: Valentin Lacoste.