8 livros sobre tecnologia e autoritarismo

8 livros sobre tecnologia e autoritarismo

Conheça a lista dos 8 livros sobre tecnologia e autoritarismo listada pelo Blog Quatro Cinco Um, da Folha de São Paulo.

Por Redação em 10/09/2021

Conheça a lista dos 8 livros sobre tecnologia e autoritarismo listada pelo Blog Quatro Cinco Um, da Folha de São Paulo.

A 45ª da Quatro Cinco Um apresenta justamente um especial sobre o autoritarismo e a tecnologia.

De acordo com o blog, o material foi produzido pelo Laut, pela Data Privacy Brasil e pela revista dos livros.

Tratado de proteção de dados pessoais. Bruno Bioni, Danilo Doneda, Ingo Wolfgang Sarlet, Laura Schertel e Otavio Luiz Rodrigues Jr. (coords.).

Publicado em 2021, ele conta com a colaboração de cinquenta autores, e aborda as principais questões (práticas e teóricas) da proteção de dados pessoais.

Em outras palavras, o livre consiste em uma rica e extensa coletânea de artigos que apresentam fundamentos históricos e teóricos do desenvolvimento da proteção de dados pessoais (nacional e internacionalmente).

Tecnopolíticas da vigilância: perspectivas da margem. Vários autores.

De acordo com o blog, a coletânea foi organizada por diversos pesquisadores da área de tecnologia, e foi dividida em quatro eixos principais: governamentalidade e neoliberalismo; cultura de vigilância, com foco nas complexidades das tecnologias e redes sociais utilizadas nessas práticas; (in)visibilidades, a respeito da dicotomia entre ser e não ser visto no ambiente digital; e tecnorresistências.

Para além das máquinas de adorável graça: cultura hacker, cibernética e democracia. Rafael Evangelista.

A edição que faz parte da Democracia Digital, apresenta o jornalista que traz um pouco da mentalidade hacker, o fato de como ela surgiu, e o quanto mudou dos anos 60 pra cá. Além disso, faz referência a “ânsia por informação livre a pesquisas militares, Evangelista mostra como hackers acabam em polos distintos na forma como a tecnologia pode impactar a democracia”.

Algoritmos de destruição em massa, de Cathy O’Neil.

Com 341 páginas, a matemática Cathy O’Neil fala muito sobre Big Data, e principalmente como esta tecnologia é utilizada a favor de interesses corporativos e empresariais, alisando situações pontuais. “Sem ludismo, o texto reivindica o resgate das ferramentas matemáticas em prol da dignidade humana e da democracia”.

Da privacidade à proteção de dados pessoais, por Danilo Doneda.

Resultado da tese de doutorado do autor, defendida na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, o livro já está na sua terceira edição e virou umaobra de referência em proteção de dados pessoais no Brasil. Danilo Doneda que lançou as bases da discussão sobre a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais no Brasil, propõe na edição, “uma separação conceitual entre privacidade e proteção de dados pessoais”.

Dados pessoais, vigilância e controle: como proteger direitos fundamentais em um mundo dominado por plataformas digitais? Por Gustavo Xavier de Camargo.

O livro traz o panorama econômico político por trás do uso dos dados pessoais, e aponta, em especial o problema da gratuidade das plataformas em que o serviço é pago com dados. Além disso, discute a “personalidade como mercadoria sem preço”. Bem como ensina a desarmar a armadilha da gratuidade enganosa.

Big Tech: a ascensão dos dados e a morte da política, de Evgeny Morozov.

O exemplar apresenta fortes críticas à ideologia do Vale do Silício e ao extrativismo digital das grandes plataformas como Google, Facebook e Amazon. Tudo isso a partir da reunião de um conjunto de ensaios do intelectual bielorusso. Morozov que é um dos líderes de estudos críticos sobre a internet e as tecnologias, cita o retorno à política e à comunidade como uma forma de repensar o mundo das Big Techs.

Privacy and freedom. Alan Westin.

Sem edição brasileira e escrito ainda no início da era digital, em 1967, Westin foi pioneiro na discussão sobre proteção de dados pessoais. O autor faz uma defesa sobre o conceito de privacidade, não orientado pela responsabilidade civil, “mas por direitos básicos e princípios de justiça que permitam às pessoas exercer controle sobre suas informações, enquanto meio para alcançar seu equilíbrio intrapsíquico e desempenhar seus papéis sociais”.

Para ler na íntegra, clique aqui.


Foto: Rashtravardhan Kataria.