‘Quem quer desarmar o povo é porque quer o poder absoluto’, diz Bolsonaro

‘Quem quer desarmar o povo é porque quer o poder absoluto’, diz Bolsonaro

Bolsonaro, que sempre foi pró-armas, está tentando cumprir uma promessa de campanha - flexibilizar o porte de armas. Após ter decreto revogado na CCJ do Senado, ele pediu apoio à população e a parlamentares.

Por Redação em 29/07/2020

Jair Bolsonaro sempre foi pró-armas. Esse era, aparentemente, um dos atrativos do então candidato. Houve, em 2005, um referendo a respeito do comércio de armas no Brasil – 95 milhões de brasileiros votaram contra o desarmamento, mas foram sumariamente ignorados pelo governo da época, que queria desarmar o povo.

Hoje, Bolsonaro está tentando flexibilizar o porte de armas, mas enfrenta dificuldades e voto contrário dos mesmos que querem desarmar o povo.

O presidente aproveitou seu pronunciamento em um evento no Palácio do Planalto para pedir o apoio de parlamentares. Aos que estavam presentes, ele disse: “Senadores, deputados, temos a batalha do decreto das armas, vamos lutar lá [no Congresso], porque quem quer desarmar o povo é quem quer o poder absoluto. E eu quero que o povo, o cidadão de bem, tenha o direito à legítima defesa.”

“A nossa vida tem valor. Mas tem algo muito mais valoroso que nossa vida, que é nossa liberdade. Além das Forças Armadas, defendo o armamento individual para nosso povo para que tentações não passem na cabeça de governantes para assumir o poder de prova absoluta.”

Fala do presidente Jair Bolsonaro durante evento em memória ao marechal Emilio Mallet, o patrono da Artilharia.

Durante uma cerimônia militar em Santa Maria (RS), o presidente também falou da importância do armamento da população contra pessoas que tentem subjugá-la.

Segundo ele, o direito às armas, para o qual a maioria da população deu voto favorável em 2013 e não foi ouvida, é necessário para que tentações não passem na cabeça de governantes para assumir o poder de prova absoluta”.

Continuam querendo desarmar a população

Um decreto do presidente que flexibiliza o porte de armas foi revogado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A decisão, porém, ainda precisa ser referendada pelo plenário da Casa.

O decreto foi revogado por 15 votos a nove. Senadores aliados do presidente admitem que estão preocupados com a possibilidade de o resultado contra os decretos seja mantido no plenário da Casa.

Dias depois da revogação, ele publicou em suas redes sociais um pedido para que a população cobre dos senadores que eles mantenham seus decretos que flexibilizaram o porte de armas.

Para ver a matéria completa, acesse o site O Globo.


Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil.