Paulo Freire e doutrinação: sinônimos?

Paulo Freire e doutrinação: sinônimos?

Paulo Freire é acusado de ser a raiz da doutrinação marxista nas escolas brasileiras. Será que seu método e marxismo são inseparáveis?

Por Redação em 14/04/2021

Paulo Freire era “de esquerda”, isso é fato, mas também era professor: será que é possível separar seu método da “doutrinação marxista” ou são sinônimos?

De acordo com Gilmar Bornatto, professor da PUCPR, sim. “O método em si é fantástico, é maravilhoso e cultuado no mundo todo. O que não pode é ter uma ideologia por trás”, afirma.

Por outro lado, Geraldo Balduíno Horn, do programa de Pós-Graduação em Educação da UFPR, discorda: “Ele pensou o método num sentido emancipatório. A escola não faz sentido nenhum se isso for retirado”.

Enquanto isso, Luís Diniz, também da UFPR, não vê nada aproveitável em Freire. “A “Pedagogia do Oprimido”, nem sequer é um livro sobre educação. É um livro que trata basicamente de política, de marxismo, de revolução, e pensa o ensino com um meio para realizar uma transformação revolucionária”, diz ele.

Paulo Freire destilou suas crenças em seu método de ensino

De acordo com Diniz, existem problemas de doutrinação ideológica em sala de aula e eles se devem, em boa parte, à influência da visão de Paulo Freire sobre o sistema educacional brasileiro.

De fato, Freire criticava os educadores que não usavam sua posição para trabalhar contra o que considerava uma ideologia cruel, o livre mercado.

Plágio?

Especula-se qe o pedagogo americano Frank Charles Laubach teria sido a fonte da parte mais “objetiva” do método de Paulo.

Em artigo publicado em 2012, o historiador David Gueiros Vieira, que é de Pernambuco, afirma que Freire plagiou o método Laubach e substituiu os valores cristãos defendidos pelo americano pelo credo marxista.

Independentemente da denúncia de plágio, o fato é que a educação brasileira continua a ocupar posições muito ruins em rankings internacionais e livros de Freire fazem parte de literalmente todos os cursos de pedagogia do nosso país.

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Foto: Reprodução/YouTube.