Membros do MBL acusam deputada Beatriz Cerqueira (PT) de cárcere privado e ameaças

Membros do MBL acusam deputada Beatriz Cerqueira (PT) de cárcere privado e ameaças

Integrantes do MBL de Minas Gerais fazem boletim de ocorrência afirmando que, após ter sido interrogada sobre se o posicionamento de Lula não era censura, tentou impedi-los de deixar o local e os coagiu a deletar material gravado.

Por Redação em 18/06/2022

Membros do Movimento Brasil Livre (MBL) acusam deputada estadual de Beatriz Cerqueira, do Partido dos Trabalhadores (PT), de cárcere privado e ameaças.

Dois membros do MBL de Minas Gerais registraram um boletim de ocorrência na Polícia Militar (PMMG) no dia 07/06/2022, onde acusam a deputada de cárcere privado, ameaças e coação. 

Segundo a ocorrência, os integrantes, que pediram para não ser identificados,  abordaram Beatriz no fim de uma reunião da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia pedindo uma entrevista à deputada sobre o tema “liberdade de imprensa”. 

Ela recebeu os homens em seu gabinete. De acordo com o boletim, Beatriz foi questionada se era favorável à liberdade de imprensa e respondeu afirmativamente.

Após a resposta, a deputada foi perguntada sobre como se posiciona “frente às falas do ex-presidente Lula (PT) que alega que é necessário um debate para regular a mídia? E, se o posicionamento de Lula não era censura?”.

De acordo com o documento, a deputada ficou incomodada: questionou  a finalidade da entrevista, alegando que foi “induzida ao erro”, e pediu apoio à Polícia Legislativa e assessores.

Os integrantes do MBL afirmam que foram impedidos de sair do gabinete da parlamentar. Um deles conseguiu se esquivar e deixou o local, mas o membro que gravava a entrevista alega ter sido coagido e ameaçado por assessores, policiais legislativos e Beatriz a deletar o material, inclusive da pasta de lixeira do aparelho. Segundo o B.O, o cinegrafista também foi impedido de atender uma ligação enquanto estava no gabinete da parlamentar. 

O autor do B.O afirma que solicitou às imagens deletadas ao sistema de backup do seu telefone e que deve recuperar o material no prazo de 10 dias. 

Caíque Januzzi, membro do MBL-MG, afirma que o grupo avalia as medidas que serão tomadas. “Nós estamos estudando as medidas legais cabíveis, seja acionar o Ministério Público (MP), estudar uma representação judicial contra a Beatriz. Mas, o primordial é tentar recuperar os vídeos e mídias por meio de perícia”, diz.

Beatriz disse por meio de nota que “o MBL mente”, afinal uma mulher sozinha não conseguiria coagir três homens, e que os membros foram desrespeitosos.

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Foto: reprodução/Instagram