Lula mais ao centro?

Lula mais ao centro?

Não, o PT não deixou de ser de esquerda. Lula, ainda apoia ditadores (Cuba, Venezuela, Nicarágua...) e petistas continuam negando a propriedade privada.

Por Rodrigo Cavalo em 29/03/2022

Lula mais ao centro? Esqueça! Não caia em mais um engodo da esquerda.

Para voltar ao poder todas as promessas e artimanhas são válidas, pelo menos para grande parte dos políticos que só ganham eleição na base da mentira, bom, se falassem a verdade muitos sairiam algemados do palanque.

Mas como saber qual o futuro direcionamento de um governo?

Quando se quer avaliar um candidato, o que realmente interessa não são suas promessas, ou seja, mais vale se atentar a sua trajetória política, seus valores e suas alianças. Com isso podemos delinear os passos a serem tomados, assim que seja eleito.

Bom, em relação a um governo futuro governo “lulopetista”, que isso seja somente em hipótese, podemos delinear algumas atitudes que vão contra a imagem que querem nos apresentar.

Qual a imagem?

Ao meu ver, com a indicação de Geraldo Alckmin, como vice em sua chapa para presidente, a imagem que o ex-presidente e ex-presidiário quer passar é de um governo mais ao centro, aglutinando esses votos, porém, a verdade não é bem essa.

Vejamos, como sabemos a figura de um vice, é quase que figurativa, seja de vice-prefeito, vice-governador ou até mesmo de vice-presidente. Não bastasse isso, a própria escolha da pessoa se torna infrutífera ao apresentado.

Como assim?

Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo e ex-candidato a presidente da república, nunca foi um candidato de centro, mesmo rivalizando por algumas eleições em partidos que se diziam antagonistas, sabemos que no fundo são muito próximos, ou seja, quase uma ideologia só.

Mesmo assim, a escolha de Alckmin tende haver também pelo seu perfil pouco confrontador, apelidado pelo povo paulista de “picolé de chuchu”, não consegue ser aguerrido e incisivo em suas posições, ou seja, é o perfil ideal para quem quer aglutinar votos e não dividir ideias.

Outro fator importante, que devemos observar, são os acenos que o ex-presidente e ex-presidiário faz em sua campanha para o MST e MTST, eis que terão um papel importante nas eleições e em um eventual governo.

Preparem-se que as invasões poderão se tornar maiores e mais frequentes!

E as declarações?

Algumas declarações também indicam que o eventual governo “lulopetista”, será mais radical que outrora. Em seus discursos, ainda que de forma tímida ou as vezes em puro “sincericídio”, o ex-presidente e ex-presidiário defende o controle da mídia, critica as privatizações e é a favor da estatização de alguns setores da economia.

Também sinalizou que vai interferir no preço dos combustíveis: “Eu sei que o mercado fica nervoso, mas nós vamos abrasileirar o preço da gasolina”, disse.

Com todo esse aparato, pode ter certeza, um governo mais ao centro não irá acontecer e sabemos muito bem como começaria e como terminaria um eventual governo esquerdista.

Já passamos um pouco por isso, que não caiamos em outra cilada!

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* Rodrigo Cavalo é bacharel em Direito e pós graduado em Direito e Processo do trabalho. Jornalista.Crítico por natureza.


Foto: Reprodução/YouTube