Tratado Internacional sobre Pandemias Rejeitado na Assembleia Mundial de Saúde

Tratado Internacional sobre Pandemias Rejeitado na Assembleia Mundial de Saúde

Tanto a declaração de emergência de saúde em cada país membro, que passaria a ser feita somente pela OMS, quanto as medidas de gerenciamento determinadas pela própria OMS, passariam a ter eficácia e força de lei no âmbito do direito internacional. Ou seja, se o acordo tivesse sido aceito, cada país signatário teria sido obrigado a fazer o que a OMS mandasse.

Por Redação em 07/06/2022

O Tratado Internacional sobre Pandemias, que tem cunho globalista, foi rejeitado pela maioria dos países na Assembleia Mundial de Saúde.

O acordo tinha como objetivo conceder poderes supranacionais à Organização Mundial de Saúde para declarar surtos epidêmicos nos países signatários e também determinar as medidas de gerenciamento. Ou seja, a OMS ganharia poderes acima daqueles que os próprios deputados, senadores e presidentes possuem.

As alterações ao Regulamento Sanitário Internacional, que passariam a constituir o Tratado Internacional sobre Pandemias, foram propostas pelo governo dos Estados Unidos e representavam uma agressão sem precedentes à soberania nacional de cada país em assuntos referentes à saúde pública.

A proposta de reformulação do Regulamento Sanitário Internacional foi rejeitada por todos os países africanos membros da OMS, bem como por Brasil, Índia, China, África do Sul, Irã, Malásia e Itália. A Rússia, por sua vez, apresentou um projeto em separado de reforma do regulamento.

O representante de Botsuana, Moses Keetile, fez a leitura de uma declaração em nome dos 47 países africanos membros da Organização Mundial de Saúde, afirmando que estes países rejeitariam coletivamente a reforma proposta.

Outros países também expressaram suas objeções às mudanças propostas, entre eles o Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã e Malásia. O Brasil declarou que sairia completamente da Organização Mundial de Saúde para evitar que os brasileiros ficassem sujeitos às novas regras.

Esse recuo não representou, no entanto, uma desistência do objetivo último dos globalistas de exercerem a governança mundial em assuntos de saúde pública por meio da Organização Mundial de Saúde.

Um novo grupo de trabalho foi formado para fazer “recomendações técnicas sobre as emendas propostas”, que voltarão a ser apresentadas, juntamente com o Tratado da Pandemia, na 77ª sessão da Assembleia Mundial da Saúde, a ser realizada em 2024.

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Foto: Kyle Glenn.