Como o trabalho remoto pode remodelar o Vale do Silício

Como o trabalho remoto pode remodelar o Vale do Silício

Empresas do setor de tecnologia expandiram as opções de trabalho remoto e os funcionários estão gostando disso. O Vale do Silício pode se tornar um local habitado por várias empresas do setor de tecnologia, mas não muitos funcionários da área.

Por Redação em 21/08/2020

A quarentena criou uma abertura para que as empresas de tecnologia do Vale do Silício se tornem totalmente remotas. Em maio, o Twitter e a Square anunciaram que os funcionários poderiam trabalhar em casa permanentemente, e o Facebook fez o mesmo logo depois. O Google e a Salesforce, por outro lado, estão estendendo as opções de trabalho em casa pelo resto do ano, com planos de reabrir em 2021.

A expansão do trabalho remoto gerou uma série de reflexões sobre como um êxodo tecnológico poderia remodelar o Vale do Silício. Restaurantes no centro da cidade que atendiam principalmente os funcionários de empresas na região no horário do almoço já foram forçados a fechar e as agências de transporte público estão lutando para sobreviver sem passageiros. Houve uma leve queda de preços até mesmo no mercado imobiliário.

Atualmente, dois em cada três técnicos dizem que pensam em deixar a Bay Area se suas empresas permitirem. Se trabalhar em casa se tornar uma vantagem atraente no mercado competitivo de contratação de trabalhadores do setor de tecnologia, as empresas podem não ter escolha.

O Google desencorajou o trabalho remoto notoriamente no passado. Agora, os funcionários estão pressionando por mais flexibilidade após a pandemia, citando o mercado imobiliário inacessível e a hostilidade local em relação aos trabalhadores de tecnologia.

Um dos fatores responsáveis pela vontade dos trabalhadores do setor de tecnologia de se mudar da região do Vale do Silício é a hostilidade que sofrem no local. Um grupo ativista chegou a colar adesivos com os dizeres “morra, lixo tecnológico” em seus carros. Alguns moradores os culpam, por exemplo, pelo peço dos imóveis serem tão altos.

O futuro do Vale do Silício

Especialistas, entretanto, afirmam que esse fenômeno pode ser passageiro. “Será que alguém que trabalha no Twitter e mora no centro de San Francisco vai se levantar e se mudar para Idaho? Acho que não”, diz Sarah Karlinsky, consultora sênior da Associação de Pesquisa Urbana e de Planejamento da Baía de São Francisco (SPUR). “Acho que será um processo de 5 a 10 anos para descobrir o que tudo isso significa”, comenta ela.

Para ler a matéria completa, acesse o site The Verge.


Foto: Greg Bulla.