Como o Estado fecha o mercado: o caso Disney+

Como o Estado fecha o mercado: o caso Disney+

Bruno Souza usou o caso da plataforma de streaming Disney+ para criticar a burocracia estatal. A Claro denunciou um futuro concorrente para a Anatel alegando que este não cumpre o requisito de oferecer produções nacionais em seu catálogo.

Por Redação em 04/08/2020

O administrador, empresário e político brasileiro Bruno Souza criticou a burocracia estatal no país e usou o caso da Disney+ para comentar sobre como o Estado interfere no mercado.

Disney+ é um novo serviço de streaming da Disney, muito semelhante ao Netflix. O lançamento dele no Brasil estava previsto para novembro, mas houveram impasses. A Claro denunciou o Disney+ para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), alegando que ele não cumpre a exigência de ter produções nacionais em seu catálogo. Pode ser que o serviço não seja disponibilizado no Brasil.

“Mais uma vez, as normas burocráticas do nosso país são usadas como armas para impedir a concorrência! No fim das contas, quem ganha são as empresas que já estão no jogo (utilizando a lei para impedir a outras empresas de participarem) e quem perde (como sempre) é o cidadão, que fica sem essa opção de serviço!”, comentou Bruno em seu post no Facebook.

“Mais uma vez, as normas burocráticas do nosso país são usadas como armas para impedir a concorrência! No fim das contas, quem ganha são as empresas que já estão no jogo (utilizando a lei para impedir a outras empresas de participarem) e quem perde (como sempre) é o cidadão, que fica sem essa opção de serviço!”

Post de Bruno Souza em sua conta no Facebook

Para a Claro, ao não oferecer filmes e séries nacionais a Disney+ pratica concorrência desleal. Vale lembrar que a companhia tem a sua própria plataforma de conteúdos sob demanda e canais ao vivo pela internet, o Now.

Em agosto, os conselheiros da agência reguladora devem deliberar se a obrigatoriedade de oferecer produções nacionais também vale para as plataformas online. Segundo a publicação, a empresa americana acompanha o processo de perto, para definir sobre a estreia do seu streaming no Brasil.

Disney+ em outros países

A plataforma de streaming da Disney, que foi lançada em 2019 nos Estado Unidos, já chegou a diversos outros países como Canadá, Austrália, Porto Rico, Nova Zelândia, Holanda, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido, Suíça, Áustria e Índia.

Catálogo

No catálogo do Disney Plus, há produções da própria companhia e de outros gigantes do entretenimento como Pixar, Marvel e Lucasfilm. Conteúdos da National Geographic também estão entre as atrações.

A assinatura mensal custa a partir de US$ 6,99 nos EUA. O valor que será cobrado no Brasil ainda não foi definido.

Para ver o post completo de Bruno Souza, clique aqui.


Foto: Morning Brew.