Como evitar a infecção pelo vírus chinês

Como evitar a infecção pelo vírus chinês

O vírus chinês foi monitorado por autoridades em três ambientes distintos, com o intuito de conhecer os fatores de risco e entender as lições que se podem tirar de um momento tão crucial como este. Um restaurante, um edifício de 19 andares e um ônibus.

Por Redação em 19/06/2020

Um surto anunciado! O vírus chinês foi monitorado por autoridades em três ambientes distintos, com o intuito de conhecer os fatores de risco e entender as lições que se podem tirar de um momento tão crucial como este. Um restaurante durante as comemorações do Ano Novo Chinês, um edifício de 19 andares e um ônibus com devotos que estavam a caminho de uma cerimônia budista.

O escritório apontou grande contágio entre os colaboradores. Entenda o cenário: em uma única sala estavam 137 pessoas separadas em ilhas de trabalho para 13 pessoas. Fatores decisivos para o contágio: contatos múltiplos, próximos e prolongados em um espaço fechado. Dos 137 funcionários, testaram positivo 79, o que representa 57,6% do quadro de colaboradores. O contato permanente no mesmo espaço durante muito tempo teve papel crucial.

Vale a nota: no restante do prédio, somente 3 pessoas testaram positivo entre as 927 testadas, o que significa que, apesar de dividirem saguões, elevadores e outros locais comuns, somente 0,3% das pessoas se contaminaram. Segundo as autoridades sanitárias, o importante é evitar a multiplicação do risco gerado pela concentração de pessoas.

Como evitar os contágios nos escritórios.

Já o restaurante contou com um agravante: a ventilação ruim pode ser decisiva se o contato for prolongado. Vamos considerar que alguém contaminado estava em uma sala de jantar com 90 convidados e mais oito garçons. Segundo os especialistas é possível que a transmissão do vírus tenha acontecido por meio de pequenas gotículas em suspensão no ar (enviadas pelo ar condicionado, neste caso), “em recintos lotados e mal ventilados”. Nesta situação nova pessoas foram contaminadas.

Como evitar os contágios nos restaurantes.

Quando observado o comportamento do vírus em um ônibus, durante uma viagem de 100 minutos (50 minutos por trajeto), o resultado é surpreendente. Uma pessoa foi capaz de transmitir o vírus chinês para outras 23 pessoas. De acordo com a epidemiologista da Universidade Johns Hopkins, Emily Gurley, “parece ter sido um supercontaminador”. O ar condicionado estava em modo circulação no ônibus, e os pesquisadoras acreditam que este foi o ponto decisivo para o grande número de contaminados, apesar da pouca distância entre os passageiros no ônibus.

Alerta: diversos estudos apontam que os meios de transporte não são lugares comuns de contágio, desde que se respeitem as normas de higiene e proteção, principalmente no que se refere ao uso de máscaras que impedem a propagação de gotículas nos ambientes. Além disso recomenda-se a circulação de ar.

Hierarquia de controle: em qualquer situação em que haja um acúmulo de pessoas por muito tempo, essa hierarquia de controle deve ser aplicada, que consiste em aplicar primeiro os métodos mais eficazes e em maior quantidade para nos isolarmos do risco de contágio.

Com informações do El País. Fontes: Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças de Guangzhou e Hangzhou, Centro Johns Hopkins para a Segurança da Saúde, IDAEA-CSIC, Centro Europeu para a Prevenção e Controle de Doenças, Laboratório Internacional de Qualidade do Ar e Saúde (OMS, Queensland), Governo da Coreia do Sul.


Foto: K8 no Unsplash. Imagens: Belén Polo.