Dando sequência ao assunto da securitização no Brasil, por Carlos Daniel Coradi, agora vamos conhecer os casos concretos de securitização no Brasil. Acompanhe:
As possibilidades de securitização no Brasil são vastíssimas. O texto abaixo condensa as ideias principais:
O ano de 2008 foi marcado pela maior crise financeira dos últimos 79 anos, após o desastre das bolsas de valores em 1929. A quebra do conjunto financeiro do Lehman Bank se esparramou pelo mundo todo, das américas ao extremo oriente, atingindo todos sistemas bancários. Chegou forte no Brasil mas o então presidente Lula o chamou de “marolinha”. Vejam o que aconteceu segundo Wikipedia:
Lehman Brothers Holdings Inc. foi um banco de investimento e provedor de outros serviços financeiros, com atuação global, sediado em Nova Iorque. Era uma empresa global de serviços financeiros que, até declarar falência em 2008, fez negócios no ramo de investimentos de capital venda em renda fixa, negociação, gestão de investimento. Seu negociante principal era o tesouro americano no mercado de valores mobiliários. As suas principais filiais incluíam Lehman Brothers Inc., Neuberger Berman Inc., Aurora Loan Services, Inc., SIB Mortgage Corporation, Lehman Brothers Bank, FSB, Eagle Energy Partners, e o Grupo Crossroads. A sede mundial da empresa estava em Nova Iorque, com sedes em Londres e Tóquio, bem como escritórios localizados em todo o mundo.
Em 15 de setembro de 2008, a empresa pediu falência, já que vinha tendo prejuízos causados pela crise dos subprimes nos Estados Unidos. A apresentação marcou a maior falência da história americana. No dia seguinte, o banco britânico Barclays anunciou o seu acordo para a aquisição, sujeita à aprovação regulamentar, do banco de investimento norte-americano e divisões juntamente com o seu edifício sede de Nova Iorque. Na empresa trabalhavam aproximadamente 10 mil empregados. Em 20 de setembro de 2008, uma versão revista do referido acordo foi homologado pelo juiz James Peck.
O desastre teve muitas causas, mas entre elas o erro de todas as agências de rating foi o gatilho para o desastre mundial. Elas continuavam a fornecer altos indicadores de rating tipo AAA para papeis podres, securitizações de lastro muito ruim, hipotecas de imóveis dos Estados Unidos que já estavam no segundo ou terceiro grau. Quando isso veio a publico pelo desastre financeiro do Lehman Brothers Holdings Inc. que estourou por falta completa de caixa para solver suas obrigações, a entidade teve que recorrer ao Chapter Eleven (o pedido de recuperação judicial dos Estados Unidos) e o Juiz não teve outra possibilidade a não ser decretar a falência, o que desencadeou o restante do desastre financeiro mundial.
Para bom entendedor basta dizer: esse gigantesco erro das autoridades governamentais americanas, que não monitoraram em tempo hábil seus sistemas financeiros, não invalida bons e sólidos projetos de securitização de recebíveis, que, se feitos com qualidade e com prudência, funcionam perfeitamente.
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*Carlos Daniel Coradi é engenheiro, mestre em administração de empresas e presidente da EFC – Engenheiros Financeiros & Consultores.
Foto: Guilherme Stecanella.
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