Vacinação no Brasil: o mito da vacina e os jargões repetitivos

Vacinação no Brasil: o mito da vacina e os jargões repetitivos

Em plena pandemia mundial do coronavírus, em que muitas nações estão se unindo para combater esse mal, no Brasil combate-se o mito da vacina.

Por Rodrigo Cavalo em 30/06/2021

Em plena pandemia mundial do coronavírus, em que muitas nações estão se unindo para combater esse mal, no Brasil, as coisas parecem ser um pouco diferente. Assim como aconteceu nos Estados Unidos, no Governo Trump, em que usavam a pandemia para desgastar o governo, por aqui, o mesmo acontece. E com o mito da vacina então… Só para atentar, na era Biden, mesmo com números altos, as críticas ao governo já não são as mesmas. Incrível!

No Brasil, muitos grupos opositores do governo, vem repetidamente usando jargões, que são frases feitas e repisadas, diminuindo o trabalho de pensar de quem transmite ou recebe. Muitas vezes essas frases nada tem com a verdade e, serve somente como um grito de torcida, impulsionando seu time, em final de campeonato.

Contudo, se pararmos um pouco para pensar, podemos realmente chegar a um denominador comum e expressar realmente os dados da vacina no Brasil que, assim como a maioria dos países no mundo sofre com a pandemia, porém diuturnamente trabalha para seu controle. Como por exemplo, nossos profissionais da saúde, que mesmo com risco alto de contágio, em nenhum momento deixaram de cumprir seu papel diante a população.


O mito da vacina no Brasil

Segundo os dados informados pelo Ministério da Saúde, acessado em 28.06.2021, o Brasil tem um total de 96.913.929 doses aplicadas, sendo que nas últimas 24h foram aplicadas 1.158.329 vacinas e, não é raro em dias de semana esse número chegar a cerca de 2 milhões de doses aplicadas em um dia, o recorde de aplicação da vacina foi de 2,56 milhões de vacinas no dia 17.06.21. E o mito da vacina continua.

Brasil sobe para 3º lugar em ranking de países que mais vacinam!

Segundo a Our World in Data plataforma alimentada por pesquisadores da Universidade de Oxford, do Reino Unido e publicado no portal R7 em 28.06.21, o Brasil, mesmo sendo o sexto pais mais populoso, alcançou o terceiro lugar entre os que mais vacinam, perdendo apenas para os Estados Unidos e Índia, países inicialmente detentores da produção do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), necessário para produzir os imunizantes. Lembrando que o Ministério da Saúde, já assinou contrato de transferência de tecnologia, e o Brasil passou a produzir seu próprio imunizante, através da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

E os idosos?

O Brasil já aplicou ao menos a 1ª dose da vacina contra a Covid-19 em 91,5% das pessoas com 65 anos ou mais, enquanto os Estados Unidos, aplicaram a 1ª injeção nesta faixa etária, em 87,3%, segundo reportagem publicada em 22.06.21.

Outro fato interessante é a comparação do Brasil com países vizinhos, um grande erro, pois além da população desses países serem muito menor que a nossa, seus territórios que, se comparado, chega a ser do tamanho de um estado no Brasil ou até menor. Isso significa que a logística de entrega de vacina, em comparação com nosso, que é continental é muito mais fácil.

Mesmo com tudo isso, o Brasil, vacinou mais que a população total de Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Chile juntos. E mesmo com todos estes dados, o Brasil continua enfrentando o mito da vacina.

*Rodrigo Cavalo é bacharel em Direito e pós graduado em Direito e Processo do trabalho. Crítico por natureza.


Foto: Spencer Davis.