Reinaldo Camargo: o “milagre” da queda das mortes por pneumonia

Reinaldo Camargo: o “milagre” da queda das mortes por pneumonia

Em 2020 houve redução de 70 mil óbitos, quando comparado ao mesmo período de 2019, de doenças respiratórias e correlatas. Seria um milagre?

Por Redação em 18/08/2020

No dia 10 de agosto, no programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, o jornalista e escritor Guilherme Fiuza comentou sobre a estranheza na queda gigantesca de mortes por pneumonia.

Ao atingir 100.000 mortes atribuídas a Covid-19, deixaram de acontecer 65.926 mortes de outras enfermidades, como infarto, septicemia e AVC.

Desta conta deixamos de fora a falta, ou constatação do grande declínio, de 4.758 mortes antes registradas como insuficiência respiratória, já que esta enfermidade, poderia sim ser atribuída ao que tudo indica a Covid-19, mas, mesmo assim, é de se questionar o fator fora da curva estatística.

Como todo início de problema, vamos aqui determinar uma linha do tempo, para que dela sejam retirados os números base. Então a linha de corte do tempo será 16/03/2020 até 10/08/2020. Neste período ocorreram em relação ao mesmo período de 2019.

70.684 óbitos a menos em 2020

Queda de mortes de pneumonia = 34.355
Queda de mortes por septicemia = 16.837
Queda de mortes por insuficiência respiratória = 4.558
Queda de mortes por AVC = 5.476
Queda de mortes por infarto = 9.458

Um total de 70.684 óbitos a menos em 2020.

Se somarmos somente estas enfermidades acima veremos que 70% das mortes de outras doenças e suas médias históricas não aconteceram, ou seja, o milagre oportunista de ignorar a matemática que é a ciência exata e se valer apenas da ciência biológica ou política.

A matemática é uma ciência relacionada a lógica que por meio de situações práticas desenvolve a constante busca da veracidade dos fatos e na busca pelo meio preciso de se atingir a exatidão.

Dentro e nas entranhas da matemática esta a primeira lição para se estabelecer uma tendência estatística, a chamada média histórica.

É por meio da média histórica que se pode confrontar os resultados e se valer dos equilíbrios da frequência dos acontecimentos por ela apontado que serão utilizados para tomada de rumos e de soluções.

É verdade também que por meio da matemática da média histórica, se desmontam teses e se desmontam retóricas, não se admite na matemática o que não comprova, e a ciência humana, sabedora disto, faz testes de amostragem e testes de estatísticas para se comprovar e diferenciar os resultados de fármacos contra os resultados dos placebos, que é o remédio falso.

As máscaras caem

Portanto, o fato real de ignorar as média históricas irá no futuro desmontar as retóricas políticas e clínicas, mas será tarde para muitos seres humanos, que poderiam ter sido poupados das desfaçatez de uma casta de políticos e médicos, que de uso de suas posições tentaram, a qualquer custo, impor e, o que é pior, retirar a possibilidade de conhecimento e sim a possibilidade de liberdade das pessoas na escolha de suas ações para enfrentar o desconhecido.

Criaram o medo, sem precedentes, criaram o caos sem constatações, criaram a futurologia das tragédias sem conhecimento e criaram a desgraça de uma década por não aceitar a mais pura verdade, que não sabiam como lidar.

Alterar e ignorar os números é só mais uma das sacanagens impostas por governantes e médicos que nunca pedirão desculpas, irão para o seu leito de morte sem ter a capacidade de dizer errei por não saber e por não ter humildade.

Veja aqui o vídeo do Fiuza, citado no início deste artigo:

https://youtu.be/zRFQFirmC4Y

Foto: Touann Gatouillat Vergos.

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