O futuro é figital: uma mistura de digital e físico.
O avanço da tecnologia é evidente. Já é possível usar seu celular para: pedir um carro, pedir comida, gerenciar sua conta bancária e etc.
Mas… Até que ponto essa tendência é saudável? E será que a hiperdigitalização pode nos afastar das conexões humanas? Esses foram os temas discutidos por Daniel Domeneghetti, sócio-fundador da empresa de consultoria E-Consulting.
O isolamento social, imposto por governos, impulsionou a digitalização do consumidor. O número de pessoas que passaram a realizar compras ou pedir comida através da Internet praticamente explodiu, mas isso se deu por conta de uma necessidade, não por uma escolha.
“O ser humano é, acima de tudo, humano. E isso presume contato e presença física”, reflete Daniel, que acredita em um futuro figital para o Brasil.
Além disso, acreditar na hiperdigitalização a curto prazo significa fechar os olhos para uma parcela significativa da população: uma parcela que não possui afinidade com a tecnologia e ainda prioriza, acima de tudo, as interações cara a cara.
O casamento entre o universo digital e o mundo físico engloba com interações humanas reais: isso não significa, porém, que alguma dessas áreas deverá se estagnar. Pelo contrário, a tendência é que estabeleçam uma relação mútua, crescendo juntos, cada vez mais, em prol do perfil característico do consumidor brasileiro.
O digital é usado para encontrar eficiência, aceleração, inovação e uma melhora na experiência do usuário, mas não deve se transformar em um norte, ou em um lema de vida, segundo o especialista. Deve-se sempre lembrar do caráter humano dentro de cada negócio. Sobre isso, Daniel finaliza, promovendo uma reflexão sobre o futuro da digitalização:
“Somos feitos de carne e osso, e a carne e osso necessitam da vida real. A hiperdigitalização é real, mas não da forma como ela é vendida. Ela é um processo sequencial e evolutivo, que edifica e constrói a humanidade e o que é ser humano. Ela não deve, porém, adulterar a natureza humana em prol de uma realidade que não existe.”
Daniel Domeneghetti, E-Consulting
“É de extrema importância dominar técnicas de omnichannel, para se implementar um figital de sucesso. No futuro o espaço físico deixará de ser um ambiente focado apenas em vender e atuará como um local de “experiência” para o cliente”, explica Pedro Argentieri, especialista em figital.
“As empresas precisam se preparar muito bem para tornar essa integração (online e offline). Assim o consumidor pode aproveitar das vantagens de cada canal e os lojistas, de estratégias de vendas diferenciadas. Sendo assim, o figital estabelece uma relação de ganhos mútuos, tanto para o cliente quanto e para as companhias, fortalecendo a relação e otimizando os processos”, conclui Argentieri.
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Foto: Andy Kelly.
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