OMS critica lockdown: “Desenvolva sistemas melhores”

OMS critica lockdown: “Desenvolva sistemas melhores”

OMS faz críticas ao lockdown devido a pobreza causada pelo método em comparação com sua efetividade

Por Redação em 17/11/2020

O Dr. David Nabarro, da OMS, critica o lockdown e pede para que os governantes parem de “usar lockdown como seu método de controle primário”. De acordo com ele, “Os lockdowns tem apenas uma consequência que você nunca deve menosprezar: torna os pobres muito mais pobres”. O comentário foi feito em entrevista à Andrew Neil, da revista britânica The Spectator.

Navarro explicou que “a única vez em que acreditamos que um lockdown se justifica é para ganhar tempo para reorganizar, reagrupar, reequilibrar seus recursos, proteger seus profissionais de saúde que estão exaustos, mas, em geral, preferimos não fazer isso”.

Por que a OMS critica o uso de lockdown?

Além disso, ele reforçou que há danos significativos causados por lockdowns rígidos. Inegavelmente, já estamos observando um impacto global devastador nos níveis de pobreza, especialmente nas economias mais pobres. A ONU chama de ‘catástrofe humanitária global’ o fato de que mais de 130 milhões de pessoas estão em risco de passar fome este ano.

“Veja o que aconteceu com os pequenos agricultores em todo o mundo… Veja o que está acontecendo com os níveis de pobreza. Parece que podemos muito bem ter uma duplicação da pobreza mundial no próximo ano. Podemos muito bem ter pelo menos o dobro da desnutrição infantil”

Navarro, em entrevista para The Spectator.

Inicialmente, alguns membros da OMS se posicionaram a favor do lockdown forçado. Tedros, o Diretor-Geral da OMS, dizia que “a última coisa que qualquer país precisa é abrir escolas e empresas, apenas para ser forçado a fechá-los novamente por causa de um ressurgimento”.

Entretanto, Navarro disse que a OMS nunca recomendou lockdown como principal forma de contenção do vírus oficialmente.

“Realmente apelamos a todos os líderes mundiais: pare de usar o lockdown como seu método de controle primário. Desenvolva sistemas melhores para fazer isso. Trabalhem juntos e aprendam uns com os outros”.

Navarro, em entrevista para The Spectator.

Qual é a posição da OMS sobre vacinas obrigatórias?

Sobre a vacina, Navarro disse ao Financial Times que “não será o caso de todos serem vacinados”. De fato, outro membro da OMS já havia se posicionado contra vacinação obrigatória – a brasileira Mariângela Simão, vice-diretora-gera.

“Haverá uma análise definitiva de quem é a prioridade da vacina, com base em onde moram, sua ocupação e sua faixa etária”, disse Navarro. “Não estamos fundamentalmente usando a vacina para criar imunidade da população, estamos apenas mudando a probabilidade das pessoas serem lesionadas ou sofrerem”.

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