A gigantesca Netflix confirmou que irá demitir mais 150 funcionários em resposta a queda do número de assinantes e desaceleração no crescimento da receita.
“Como explicamos a respeito dos lucros, nosso crescimento lento da receita significa que também estamos tendo que diminuir nosso crescimento de custos como empresa”, disse um representante da Netflix à CNBC.
“Infelizmente, estamos nos despedindo de cerca de 150 funcionários hoje, a maioria sediada nos EUA. Estas mudanças são impulsionadas principalmente pelas necessidades empresariais e não pelo desempenho individual, o que as torna especialmente difíceis, pois nenhum de nós quer dizer adeus a colegas tão incríveis. Estamos trabalhando arduamente para apoiá-los nesta transição tão difícil”.
A nova rodada de demissões vem depois que a empresa despediu uma equipe inteira de escritores que escreviam para o Tudum (uma espécie de blog oficial sobre os filmes e séries em catálogo). Quase todos os demitidos eram “mulheres de cor”.
Causas da queda do número de assinantes
A Netflix perdeu mais de 200.000 assinantes este ano e deverá ter uma hemorragia de outros 2 milhões até o final do ano, enquanto o preço de sua ação caiu 70% desde janeiro.
A alta dos preços, o fim do lockdown e o aumento da concorrência afetaram muito a empresa.
Além de um quadro econômico cada vez pior, a Netflix tem sofrido internamente depois que foi tomada pela “máfia da lacração“, sendo que alguns funcionários protestaram até mesmo contra pogramas em catálogo, como o especial de comédia do Dave Chapelle.
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A decisão de lançar o filme Cuties 2020, que sexualizou meninas menores de idade, também teve um impacto negativo sobre a reputação da empresa.
No mês passado, Elon Musk afirmou que a Netflix ter abraçado “o vírus da mente lacradora” estava tornando-a “impossível de assistir”.
A gigante da tecnologia desperdiçou uns belos 75 milhões de dólares quando chamou o Príncipe Harry e sua esposa Meghan Markle para fazer mais conteúdo progressista que ninguém vai assistir.
Se as coisas continuarem como estão, talvez não demore muito até que a Netflix siga o mesmo caminho que a CNN+.
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Foto: freestocks