O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) está sendo alvo de uma acusação tendenciosa. O grupo ransomware LV relatou através de uma publicação uma possível invasão blockchain.
De acordo com a publicação feita por eles, eles dizem que roubaram 1,8 TB de dados após invadir um serviço de blockchain do Banco Central do Brasil.
Apesar de a mensagem deixada pelos hackers, que operam por meio de ransomwares para congelar sistemas e roubar dados, foi curta e direta, eles mentiram. Trata-se de uma fake news!
“Serviço blockchain do Banco Central do Brasil impactado pelo grupo LV ransomware, com 1,8 TB de dados vazados, incluindo servidores blockchain”.
No entanto, apesar de séria, a acusação de invasão blockchain do Banco Central é falsa.
Logo após a publicação, outros canais divulgaram a informação.
A empresa DataMinrque, especializada em inteligência artificial, replicou em forma de alerta e o jornalista Renan Brites transmitiu em seu twitter.
Entretanto, vale lembrar que as soluções blockchain costumam ser descentralizadas, ou seja os próprios usuários controlam seus dados pessoais e isso foi pensado justamente para evitar vazamentos.
Essa informação, por si só, já seria o suficiente para declarar como falsa e mentirosa a invasão blockchain.
Confira o pronunciamento CPDQ sobre a “invasão blockchain”
O CPQD se dispôs a comentar o caso e alegou ao Livecoins que não houve qualquer problema ou vazamento de dados em soluções que desenvolve.
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Além disso, explicou que “nenhuma solução blockchain desenvolvida pelo CPQD, envolvendo informações sensíveis de pessoas ou empresas, está em uso atualmente pelo Banco Central do Brasil”.
Por isso garantiu o acionamento de todos os protocolos de segurança mantidos pela organização.
No pronunciamento do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações eles ainda afirmam que “os repositórios divulgados como desprotegidos referem-se a testes realizados internamente visando a garantia de qualidade de soluções blockchain desenvolvidas, sem nenhum dado pessoal ou informação sensível.”
Vale ressaltar que uma das prioridades, senão a primeira prioridade do CPQD, é garantir a segurança de dados.
O BC do Brasil também se pronunciou
Mais objetivo, o Banco Central do Brasil apenas explicitou que “Não houve qualquer vazamento de dados do BC. O CPQD não tem acesso a dados internos do BC.”
Ou Seja, não houve invasão blockchain!
Na wconnect, nós trabalhamos com a tecnologia de blockchain e por isso sabemos o quanto ela é segura. Além disso, verdade seja dita, o CPQD é referência em projetos que envolvem a segurança de dados.
Mauricio Conti é Engenheiro de Computação, founder do Simples ID, CPO wconnect, mentor e influenciador digital nas áreas web3, blockchain, tokenização e NFT.
Foto: DCStudio/Freepik.