China e Europa lideram desmatamento por “importação” (desmatamento relacionado ao comércio internacional), de acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF). China lidera o ranking.
Pois é, muitos esquerdistas afirmam que o “capitalismo faz mal para o meio ambiente”, mas, aparentemente, é necessário fazer uma auto-crítica.
O comércio internacional de produtos agrícolas teria levado à eliminação de 1,3 milhão de hectares de floresta tropical em 2017 (16% do total) e à emissão de 740 milhões de toneladas de CO2. As importações da China representaram 24% desse desmatamento. O impacto foi menor nas importações de Índia (9%), Estados Unidos (7%) e Japão (5%).
De todos os hectares desmatados, a maioria se destinou ao cultivo de soja: surpreendentemente, quase o dobro do destinado à criação de gado.
China e Europa lideram desmatamento: e de onde vem os produtos?
Em 2018, 23% das importações europeias de soja tiveram como origem o Cerrado (Brasil/Paraguai/Bolívia), uma das regiões mais ameaçadas do continente, conforme relatório do WWF. “No momento, a UE faz parte do problema, mas, com a legislação apropriada, podemos fazer parte da solução”, afirmou Anke Schulmeister-Oldenhove, da WWF.
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Em outubro passado, os eurodeputados votaram um relatório que pede à Comissão Europeia mais medidas contra o desmatamento, reforçando a rastreabilidade dos produtos que possam contribuir para o problema e exigindo que os acordos comerciais sejam levados em conta.
Entretanto, é importante lembrar que a China já tem um governo intervencionista e, ao que tudo indica, isso não ajudou a causa ambiental. Infelizmente, muitos pessoas, quando empossam determinados cargos, deixam de pensar nas causas que diziam defender e legislam para si.
A União Europeia
Durante o período analisado, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido, Holanda, França, Bélgica e Polônia contabilizaram 80% do desmatamento proveniente da União Europeia por meio do uso e consumo de commodities florestais.
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Foto: T. Selin Erkan.