Economia

10 transformações do ‘Brasil que deu certo’, segundo a McKinsey

Como vencer em um mundo de mudanças aceleradas? Com a comemoração dos 30 anos no Brasil da McKinsey, Nicola Calicchio, Chairman do Global Client Council da McKinsey, aponta uma lista de 10 grandes transformações que resultaram no ‘Brasil que deu certo’. Veja a lista: 

  1. Plano Real

Foi só a partir do Plano Real que o Brasil e os brasileiros começaram se planejar. Tudo isso graças à estabilidade de preços. Dado importante: a carteira de crédito ao consumidor cresceu 80 vezes entre 1995 e 2017.

  1. Privatizações

Foi graças às privatizações, que tanto assustavam os brasileiros, que hoje temos telefones em nossos bolsos. A regulamentação das telecoms gerou mais de R$ 400 bilhões em investimentos privados no setor (em valores históricos).

  1. Boom nas commodities

A produtividade do nosso setor de mineração cresceu quase nove vezes nos anos 2000, enquanto no país como um todo a produtividade cresceu marginalmente.

  1. A explosão do consumo

“O acesso ao consumo é a porta da dignidade”. Em 1989, 49% dos lares eram de classe média. Em 2017, o índice atingiu 71%. Quase 80% do aumento total do consumo foi representado pelas classes B e C. 

  1. Explosão do acesso ao conhecimento

Como em uma balança antiga, em 2015, finalmente, todas as crianças na escola. Por outro lado, a qualidade do ensino não melhorou muito. Mesmo com investimento triplicado na área educacional, a pontuação no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), ficou praticamente estável.

Ao mesmo tempo, ocorreu o surgimento da geração Z, com acesso total a internet, independente da classe social.

  1. Surgimento das multinacionais brasileiras

Empresas nativas profissionalizaram a gestão e a governança. A exemplo da Ambev, que cresceu 10 vezes em receita e 200 vezes em valor de mercado entre 1999 e 2017.

  1. Brasil conectado ao mundo

A produtividade de um funcionário brasileiro correspondia a 20% da produtividade do americano. Isso há 50 anos. Em tempos atuais, essa produtividade duplicou, porém, a dos americanos também. O Brasil tem acordos comerciais que permitem acessar 95% do comercio mundial.

  1. A transformação digital

As empresas brasileiras ainda estão se adaptando a revolução digital. Um grande exemplo é o Magazine Luiza, que desde os anos 2000 investe em multicanais integrando o online com o offline.

  1. Nova ética empresarial, social e política

“Na história, seremos sempre julgados pelos valores do futuro, e não pelos valores de nossa época”. (McKinsey).

Uma pesquisa recente mostrou que três de cada quatro executivos brasileiros não acreditam que as suas empresas sejam eficientes em inspirar padrões profissionais éticos. Promover essa reforma não é mais uma escolha. O que ainda podemos fazer? Lutar contra a visão de curto prazo, servir a todos os stakeholders e agir como donos. Em termos atuais, compliance.

  1. O mais importante: a nova forma de liderar pessoas

Surge uma nova forma de líder: aquele que alia não só competência, mas caráter e alta capacidade de engajamento de pessoas. Uma pesquisa da McKinsey mostra que 74% dos executivos americanos veem o talento como mais importante para o sucesso de sua empresa do que o capital. No Brasil, somente 35% dos executivos pensam assim. É preciso pensar em talento também como diversidade. Empresas mais diversas têm 33% mais chances de terem performance acima da média.

Com informações da McKinsey. Texto originalmente publicado no Brazil Journal.


Foto: Gustavo Ferreira.

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Redação

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