Radar

Vazamento de CPFs: dados de 223 milhões de pessoas à venda

Na semana passada, a empresa de cibersegurança PSafe revelou um vazamento de dados gigantesco no Brasil, incluindo mais de 223 milhões de CPFs.

Dentre os dados vazados estão foto e informações relativas ao imposto de Renda. Tudo está à venda em fóruns na internet.

Ainda não é possível saber a origem das informações, mas há indícios. De acordo com especialistas, elas pertençam à base de dados da Serasa Experian. Entretanto, a empresa disse em nota que investigou o caso e que “os dados atribuídos à Serasa não correspondem aos dados em nossos arquivos”.

Para o cidadão, não há como saber se os dados fazem parte do pacote vazado. Em outras palavras, não há apps ou serviços que prestam esse tipo de ajuda no momento.

Os dados vazaram, e agora?

Na visão de Bruno Bioni, fundador do Data Privacy Brasil, instituição de pesquisa e ensino sobre privacidade e proteção de dados, esse pode ser (não surpreendentemente) o maior e mais lesivo vazamento de dados da história do país.

Antes de tudo, conforme ele explica, o momento é de pensar em um plano de contingência. Para Bioni, o caso será o primeiro grande teste da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).

“Em tese, ela já está operando. Esse é teste de fogo para ver se vai funcionar ou não. A ANPD pode atuar de maneira cooperativa com outros órgãos reguladores, verificando quais os melhores caminhos para formatar o plano de contingência. Em um segundo momento, ela pode desdobrar para sanções”, afirma.

Além disso, o professor do Instituto de Informática da UFRGS Jéferson Campos Nobre, concorda que há pouco o que fazer até que alguma movimentação suspeita seja feita. Caso algo anormal aconteça, o ideal é formalizar um boletim de ocorrência, citando o vazamento em 19 de janeiro.

Com o vazamento de CPFs e outros dados, o que pode ser feito?

O megavazamento de dados dá motivo para que os brasileiros se preocupem. As bases vazadas trazem informações detalhadas sobre os cidadãos, que podem ser usados para crimes diversos: de compras com cartão de crédito a até formação de dívidas e venda de patrimônio com o nome das vítimas.

Marco DeMello, presidente executivo da PSafe, diz que os usuários devem ficar atentos nos próximos dias para quaisquer movimentações financeiras suspeitas, como compras em cartões de crédito e dívidas. “Os criminosos que compram esses dados podem assumir a identidade dessas vítimas e criar dívidas e baixar escrituras em nome delas. Há vários crimes que podem ser cometidos com dados tão completos.”

Para saber mais, clique aqui.


Foto: Arget

Últimas notícias

O Brasil tem um “pré-sal verde” a explorar

Brasil tem "pré-sal verde" na Amazônia: 210 bilhões de litros/ano de biocombustível em áreas degradadas…

18 de abril de 2024

Baita Aceleradora: uma década de Inovação com Propósito

A Baita Aceleradora celebra uma década de sucesso, destacando-se por seu portfólio diversificado e compromisso…

5 de março de 2024

GFANZ e BNDES apoiam o Financiamento Climático no Brasil

GFANZ e BNDES lançam iniciativas para financiar projetos climáticos no Brasil. Plataforma de Transição Climática…

28 de fevereiro de 2024