Política

Petrobras perdeu R$ 872 milhões por acordo entre Lula com Evo Morales, ex-presidente boliviano

Um acordo feito entre Luiz Inácio Lula da Silva e Evo Morales, então presidente da Bolívia, causou um prejuízo de 872 milhões de reais aos cofres da Petrobras, de acordo com o balanço da empresa, informou reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada em 2015.

O negócio se refere à venda do chamado “gás rico”, conjunto de componentes nobres que vêm misturados ao gás natural, mas que não tem utilidade para a estatal brasileira.

Em 2007, Morales pediu ao ex-presidente Lula que a Petrobras passasse a pagar um adicional pelo produto excedente do gás natural. Na ocasião, Lula chegou a afirmar que os países mais ricos têm de ter “generosidade” e “solidariedade” com economias menores – tecnicos da Petrobras, entretanto, foram contrários ao negócio, uma vez que o gás natural seria usado para produzir energia nas termoelétricas.

Como seria totalmente queimado, o “gás rico” não poderia ser aproveitado. Mesmo assim, após sete anos de impasse, a Petrobras pagou, em agosto do ano passado, 434 milhões de dólares à estatal boliviana pelo produto fornecido entre 2008 e 2013.

Em 2014, a Petrobras explicou o pagamento, dizendo que ele iria gerar um saldo positivo de 386 milhões de reais no fim de ano, pois o cálculo incluía outros acordos de exclusividade feitos com a Bolívia. “A Petrobras esclarece que o cálculo é absolutamente correto. É legítimo que a companhia considere seus acordos com a Bolívia de forma global, pois o resultado obtido reflete um conjunto de negociações que não podem ser vistas separadamente”, escreveu o gerente de imprensa Lucio Pimentel no fim de agosto.

Procurada novamente em maio de 2015, a Petrobras informou que não se pronunciaria sobre o prejuízo.

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Foto: reprodução/Facebook

Por
Redação

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