Paulo Reglus Neves Freire, mais conhecido como Paulo Freire, é o primeiro nome que vem na mente dos brasileiros quando se fala em doutrinação.
Ele “criou” um método de alfabetização que alfabetizou 300 cortadores de cana-de-açúcar em apenas 45 dias na cidade de Angicos, no Rio Grande do Norte. Baseado na experiência de Angicos, em janeiro de 1963, João Goulart, presidente do Brasil na época, chamou Paulo Freire para organizar o Plano Nacional de Alfabetização. Falecido em 1992, Paulo Freire tornou-se Patrono da Educação Brasileira por força da Lei nº 12.612, de 13 de abril de 2012 (durante o governo Lula).
Mas, afinal, quais os fundamentos que os antifreireanos têm para afirmar que o pensamento de Paulo Freire leva à doutrinação e ao fracasso da educação brasileira?
Nos focaremos aqui em “A Pedagogia do Oprimido” e “Pedagogia da Autonomia”, que são as principais bases para sua concepção de ensino.
Paulo Freire, no inicio da obra Pedagogia do Oprimido, mostra duas classes de pessoas: os burgueses opressores e os oprimidos. Bom, ele com certeza fala tanto ou mais a respeito de marxismo do que fala sobre métodos de ensino em si.
A partir daí, Freire critica a “educação bancária” e a chama de burguesa. Mas o que seria essa educação?
“A educação científica na maioria das escolas pode ser considerada como a educação bancária da concepção freireana, com a memorização de termos, sistemas e classificações. Educação neutra, não problematizadora, carrega consigo valores dominantes da tecnologia que têm submetido os interesses humanos àqueles puramente de mercado. Por isso, acaba sendo opressora, na medida em que reproduz um valor de ciência como um bem em si mesmo a ser consumido e aceito sem questionamentos.”
AULER & DELIZOICOV, 2006.
Ou seja, na concepção freireana, ensinar puramente conteúdos clássicos, como gramática, aritmética, teorias epistemológicas e a cientificidade nas ciências naturais e exatas, é uma alienação.
Por outro lado, não alienação seria ensinar de forma a “abrir os olhos dos alunos”, “fazê-los questionar o mundo a sua volta” e etc. Em síntese, “abrir os olhos” e “questionar”, para Freire, equivale a ensinar marxismo. Vejamos quem Freire elegeu como um bom exemplo de regime que apoia questionamentos para analisar a congruência, ou falta dela, entre o que ele fala e o que ele de fato entrega.
Paulo Freire enfatiza que o revolucionário não pode manipular os educandos. Todo o processo tem de ser construído baseado no diálogo e no respeito entre os líderes e o povo. Porém, os líderes devem ter a prudência de não confiar no povo, porque as pessoas oprimidas têm a opressão inculcada no seu ser. Como exemplo de um líder que jamais permitiu que seu povo fosse manipulado, Paulo Freire apresenta Fidel Castro. […] Paulo Freire afirma que os oprimidos devem ser reconhecidos como Pedro, Antônio, Josefa, mas os chama o tempo todo de “massas”. Diz que valoriza a visão de mundo do povo, enquanto não perde uma oportunidade de desdenhar das crenças religiosas desse mesmo povo, chamando-as de mágicas, sincréticas ou mistificações.
(CENTENARO, 2015).
Bom, vamos analisar o tutorial do líder elogiado por Freire por não deixar que “seu povo” (ele não deveria ser sua propriedade, mas isso já é outra história) seja manipulado e instigar um espírito questionador:
Para saber mais, clique aqui.
Foto: Reprodução/YouTube.
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