O ministro Ricardo Salles deu uma entrevista para a revista Isto É e falou sobre a Amazônia, ONGs, lixões e economia sustentável.
Hoje, opositores do governo, ONGs, empresários nacionais e organismos internacionais retratam o ministro do Meio Ambiente como um grande inimigo preservação ambiental.
Ele riu quando foi questionado a respeito da acusação. Aliás, Salles tem uma justificativa para o aumento do desmatamento, outra para explicar sua fala na reunião ministerial de 22 de abril e uma terceira para garantir que está pronto para transformar a imagem negativa que o governo tem no exterior no quesito preservação da Amazônia. “Não tenho problema em debater com nenhum ministro que já passou pela pasta”, afirma ele.
Salles afirma que o Programa Lixão Zero é uma das prioridades do governo e prevê a extinção completa de todos os lixões do país. A lei é de 2010, mas estava escanteada. De acordo com o ministro, “embora fundamental para o meio ambiente e para a saúde, o tema não tem o mesmo charme de falar em mudança climática, então poucos olham para o assunto”.
De fato, quase todos os 5.600 municípios brasileiros têm problemas relacionados a má gestão do lixo.
Em seis meses, o governo implantou o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir) e firmou acordos com empresas privadas para o descarte adequado de produtos como lâmpadas, baterias automotivas, eletroeletrônicos e medicamentos vencidos.
Quando questionado sobre quantos lixões já foram fechados, Salles informou que sua equipe começou por Rondônia, onde vão zerar todos até 2021.
O ministro afirma que os funcionários do Ibama são servidores públicos e, portanto, é ilegal demití-los sem justificativa. Além disso, ele comenta que sua equipe recebeu o Ibama e o ICMBio com um déficit de 50% de funcionários e sem dinheiro para abrir concurso “devido à roubalheira do PT”.
Há planos para concluir a informatização do Ibama até o final desse ano, com a digitalização de toda a documentação. De acordo com Salles, “sem isso, o cara pega o papel e deixa mofando numa gaveta. Isso quando não usa para tomar algum dinheiro por fora”.
Foto: Hermes Rivera.
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