O ministro Ricardo Salles diz o que esperar da política ambiental

O ministro Ricardo Salles diz o que esperar da política ambiental

O ministro Ricardo Salles, em entrevista para a Isto É, falou sobre acusações infundadas, o que foi feito até agora e muito mais.

Por Redação em 05/10/2020

O ministro Ricardo Salles deu uma entrevista para a revista Isto É e falou sobre a Amazônia, ONGs, lixões e economia sustentável.

Hoje, opositores do governo, ONGs, empresários nacionais e organismos internacionais retratam o ministro do Meio Ambiente como um grande inimigo preservação ambiental.

Ele riu quando foi questionado a respeito da acusação. Aliás, Salles tem uma justificativa para o aumento do desmatamento, outra para explicar sua fala na reunião ministerial de 22 de abril e uma terceira para garantir que está pronto para transformar a imagem negativa que o governo tem no exterior no quesito preservação da Amazônia. “Não tenho problema em debater com nenhum ministro que já passou pela pasta”, afirma ele.

Quais mudanças efetivas aconteceram no país com relação ao meio ambiente?

Salles afirma que o Programa Lixão Zero é uma das prioridades do governo e prevê a extinção completa de todos os lixões do país. A lei é de 2010, mas estava escanteada. De acordo com o ministro, “embora fundamental para o meio ambiente e para a saúde, o tema não tem o mesmo charme de falar em mudança climática, então poucos olham para o assunto”.

De fato, quase todos os 5.600 municípios brasileiros têm problemas relacionados a má gestão do lixo.

Em seis meses, o governo implantou o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir) e firmou acordos com empresas privadas para o descarte adequado de produtos como lâmpadas, baterias automotivas, eletroeletrônicos e medicamentos vencidos.

Quando questionado sobre quantos lixões já foram fechados, Salles informou que sua equipe começou por Rondônia, onde vão zerar todos até 2021.

Ricardo Salles comenta a acusação de desmonte do Ibama

O ministro afirma que os funcionários do Ibama são servidores públicos e, portanto, é ilegal demití-los sem justificativa. Além disso, ele comenta que sua equipe recebeu o Ibama e o ICMBio com um déficit de 50% de funcionários e sem dinheiro para abrir concurso “devido à roubalheira do PT”.

Há planos para concluir a informatização do Ibama até o final desse ano, com a digitalização de toda a documentação. De acordo com Salles, “sem isso, o cara pega o papel e deixa mofando numa gaveta. Isso quando não usa para tomar algum dinheiro por fora”.


Foto: Hermes Rivera.