Política

O Homem do Castelo Alto: como seria o totalitarismo governando o mundo

No livro O Homem do Castelo Alto – também adaptado para vídeo streaming pela Amazon Prime (veja o trailer oficial aqui), Philip K. Dick elabora um cenário em que a Segunda Guerra Mundial terminou de forma diferente e a Alemanha nazista e o Japão se tornaram potências. Os nazistas exterminaram os judeus e avançam mais fortemente contra os negros, além de terem ido à Lua e estarem planejando ir para Marte. Os japoneses criaram impérios na América do Sul, aumentando as fronteiras de sua dominação cultural.

Estados Americanos do Pacífico e Nazi América

A narrativa é centrada nos Estados Unidos. A maneira como o país acabou dividido e suas diferentes formas de governo exemplificam as visões ideológicas alemãs e japonesas: a menor fatia da divisão é no oeste do país, transformada em EAP (Estados Americanos do Pacífico) e controlada pelo Japão e a maior parte do país, no leste, é um conjunto de Estados Nacionais-Socialistas controlado pelo partido nazista, com ordens diretas de Berlim.

No meio do país existe o Estado das Montanhas Rochosas, uma zona neutra e sem lei que abriga diversas pessoas desesperançosas e sem rumo, mas com acesso a livros e outros produtos proibidos. 

A trama se desenrola enquanto cinco protagonistas diferentes se cruzam ao longo do livro de maneira direta e indireta: Robert Childan, Juliana Frink, Joe Cinadella, Sr. Baynes e Frank Frink . 

O Homem do Castelo Alto

Uma dessas questões maiores é a própria reflexão sobre o que é a realidade, presente em diversas obras de Dick. Em O Homem do Castelo Alto, a questão é materializada em um livro proibido pela Alemanha, mas lido por todos os personagens: “O gafanhoto torna-se pesado”, escrito por Hawthorne Abendsen, ou “O Homem do Castelo Alto”.

O livro traz a narrativa de um mundo onde a Alemanha e o Japão perderam a guerra, dominado pelas potências dos Estados Unidos e da União Soviética, com um futuro prevalecimento dos americanos. Apesar de o livro “O gafanhoto torna-se pesado” não ser exatamente a nossa realidade, essa “obra dentro da obra” é o combustível das inquietações e o fogo da esperança dos personagens. 

A obra de Dick fala muito da importância da arte. Ao serem tocados pelas obras, todos os personagens têm renovações — sejam elas políticas, sociais ou espirituais. É o encontro com uma arte revolucionária que faz com que os personagens abram suas mentes e sonhem com novas proposições para a distopia em que vivem.

Para ler a matéria completa, visite o site da Gazeta do Povo.


Foto: Reprodução/Fanon/Weeaspoo.

Por
Redação

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