Política

Desconfiança das urnas eletrônicas: um em cada cinco eleitores não acredita que são seguras

Um em cada cinco eleitores brasileiros sentem desconfinaça em relação às urnas eletrônicas, de acordo com pesquisa divulgada pelos institutos Quaest/Genial e CNT/MDA nas primeiras semanas do mês de maio. A porcentagem de eleitores que não acreditam que o modelo de urna é seguro está entre 22% a 28,6% segundo os dois institutos, respectivamente.

“No mundo digital de hoje, é fácil levantar dúvidas, ou mesmo achar que existem fraudes ou erros nos programas das urnas que podem macular a vontade do eleitor. Isso sem falar nos hackers e em alguém que possa estar infiltrado no processo que vai do projeto da urna até a proclamação dos eleitos”, diz o engenheiro de computação e professor Eduardo Guy de Manuel.

Mudanças na opinião do brasileiro

Nas eleições municipais de 2020, o percentual daqueles que não confiavam na contagem eletrônica dos votos estava em 28%, segundo uma pesquisa do PoderData feita alguns dias antes do segundo turno.

A mais recente sondagem feita pelo instituto, em janeiro de 2022, mostrou uma pequena oscilação negativa para 27%. Entretanto, ao mesmo tempos identificou uma queda significativa na confiança das urnas eletrônicas, que caiu de 64% em novembro de 2020 para 57%. A migração ocorreu para o grupo que não sabia como responder a pergunta, que passou de 8% a 16%.

Eleitores de Bolsonaro, Lula e indecisos: como eles veem a votação eletrônica

Dentre os eleitores que desconfiam da segurança das urnas eletrônicas, os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) puxam a lista de insatisfeitos. Na pesquisa Genial/Quaest, 36% dos entrevistados que declararam voto no atual chefe do Executivo Nacional apontaram não confiar na apuração eletrônica de votos.

Um porcentual semelhante é verificado dentre os eleitores que não desejam votar em Bolsonaro ou Lula, mas sim em outro candidato: 18% não achavam que o sistema das urnas eletrônicas não é totalmente confiável, segundo a pesquisa. Já dentre os eleitores indecisos, 22% também apresentam desconfiança sobre a segurança nas urnas eletrônicas.

Desconfiança das urnas e a atuação do TSE

Um dos principais questionamentos acerca do processo eleitoral no Brasil é que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é responsável por todos os trâmites antes, durante e após as eleições. Na opinião de Guy de Manuel, isso contraria as recomendações da Norma Internacional ISO/EIC 27.001, que norteia a segurança de dados em todo mundo.

“O básico da norma diz que quem faz, não verifica; quem verifica, não faz. Não é o que ocorre com o processo eleitoral, mesmo com os diversos grupos especializados ou interessados que podem legalmente interagir com o TSE”, explica Guy de Manuel.

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Foto: Agência Brasil

Por
Redação

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