O deputado federal José Medeiros (Podemos-MT) enviou um ofício ao Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a abertura de uma investigação sobre o contrato entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a multinacional Oracle.
A Oracle forneceu o equipamento que contabilizou votos nas eleições municipais e, segundo o deputado, é preciso investigar o contrato e as causas de todos os problemas na contagem.
Mais especificamente, a empresa forneceu o que se chama de “nuvem privada”. Em uma, racks com computadores potentes que fazem o processamento dentro do edifício do TSE.
O contrato entre o TSE e a Oracle custou R$ 26,24 milhões e ocorreu com dispensa de licitação.
“Uma investigação premente deve ser feita sobre o contrato do TSE com a empresa Oracle do Brasil Sistemas, responsável por fornecer os ‘supercomputadores’ usados pelo tribunal.”
Surpreendentemente, o TSE emitiu uma nota oficial respondendo que compraram o “cloud Oracle” porque só a Oracle vende o “cloud Oracle”. Entretanto, diversas outras empresas oferecem serviços de processamento em nuvem (realmente na nuvem ou no formato de “nuvem privada”), como Amazon, Google e Microsoft.
Além disso, de acordo com o Tribunal, a Justiça Eleitoral tem usado os serviços da Oracle desde quando começaram as votações digitais, em 1996. Inegavelmente, esse raciocínio sugere que uma compra anterior retroalimenta futuras aquisições.
Na nota, o Tribunal explica que as máquinas da Oracle usavam inteligência artificial e que isso interferiu na rapidez da contagem. Quanto mais informação recebiam, mais rápidas ficavam. Essa é uma característica típica da inteligência artificial pois ela “aprende” com dados anteriores e fica “mais inteligente” conforme executa seu trabalho.
A nota afirma o seguinte: “Como se tratava de equipamento novo, a totalização dos resultados do primeiro turno das eleições foi realizada em 1 banco de dados com tabelas totalmente vazias”.
Contudo, o TSE não explicou por que não ocorreu a seus técnicos que as tabelas de contabilização estariam vazias no início da votação. Tampouco explicou o motivo pelo qual quiseram utilizar inteligência artificial, já que a contagem de votos é uma operação relativamente simples.
De fato, a contabilizar votos requer apenas entrada de dados e alta capacidade de processamento, mas a máquina utilizada para isso não precisa aprender nem tomar decisões autônomas, que é o grande diferencial das máquinas equipadas com inteligência artificial.
Para ler a matéria na íntegra, acesse o site Poder 360.
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