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Polarização política: o que a agricultura tem a ver?

Essa súbita polarização na política, que deve estar assustando muita gente, é na realidade um fim de ciclo: é o poder mudando de mãos. Pelo menos, é o que defende Stephen Kanitz.

Segundo ele, Bolsonaro não foi eleito pelos ‘liberais” nem pelos “conservadores” das grandes cidades, que “hoje só falam mal dele.”

Kanitz defende que Bolsonaro foi eleito pela agricultura. “E em mais quatro ou cinco anos, a Agricultura terá provavelmente o poder político que merece, elegerá quem quiser, com ou sem Bolsonaro candidato em 2022.”

Entenda os argumentos que ele usa para sustentar essa ideia.

Polarização política e o crescimento da agricultura

O setor agrícola já representa 25 % do PIB, contra 10% de anos atrás. Somando serviços de advocacia, transporte e bancos, seu poder econômico passa para cerca de 30%.

Ricardo Salles é que está dando um chega para lá aos ecologistas que querem destruir nossa agricultura, e foi quem ajudou termos esse superavit colossal em 2020″, afirma Kanitz.

De acordo com Braz Pereira, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), “Bolsonaro é quase unanimidade no setor”.

De fato, Bolsonaro ganhou com 79% dos votos na cidade Agronômica, 74% na cidade de Sorriso, 68% em Rio Fortuna e 61% em Mato Grosso do Sul.

Indústria perdendo poder

De 27% do PIB, a indústria decaiu para 11% hoje em dia. E os advogados contratados são na maioria de recuperação financeira.

“Essa atual crise política, no fundo, é a crise da indústria e das famílias ricas desesperadas, empobrecidas, mas ainda com certo poder político. É a crise dos sindicatos trabalhistas que viviam dessas contribuições sindicais. Perdem poder econômico e percebem que estão perdendo o político, do qual nunca mais se recuperarão a curto prazo. Quem acha o contrário, que pense nos números. Isso explica o desespero da imprensa, dos artistas subsidiados, dos intelectuais das grandes cidades.”

Além disso, com a popularização do home office, muitas pessoas migraram para cidades menores e mais pacatas. Deixaram grandes centros urbanos, trânsito lotado e alugueis, geralmente mais caros, por locais menos populosos.

Para mais detalhes, clique aqui.


Foto: Raphael Rychetsky

Por
Redação

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