US$ 30 milhões para startups brasileiras em 2021

US$ 30 milhões para startups brasileiras em 2021

O fundo de venture capital aportou US$ 30 milhões para startups brasileiras ao longo de 2020. E busca aportar uma quantidade igual em 2021.

Por Redação em 16/02/2021

Diversos setores da economia, inclusive os fundos de venture capital, se assustaram com a chegada da pandemia. No entanto, de acordo com a reportagem do Infomoney, nota-se que aqueles que investem em startups estavam no grupo dos resilientes ao caos. E porque não um investimento de US$ 30 milhões para startups brasileiras?

“A tecnologia se provou fundamental – e não demorou para investidores na pessoa física e jurídica voltarem a procurar os VCs”, afirma Pedro Sirotsky Melzer, um dos sócios diretores da Igah Ventures.

O fundo de venture capital aportou US$ 30 milhões em startups ao longo de 2020. Surpreendentemente, busca aportar uma quantidade igual em 2021.

A Igah Ventures

A Igah Ventures surgiu em janeiro de 2020, a partir da fusão de dois fundos conhecidos no mercado brasileiro: o e.Bricks Ventures, de venture capital, e o Joá Investimentos, de private equity.

A representam: Marcio Trigueiro, Pedro Sirotsky Melzer e Luis Felipe Magon, que são os managing partners (principais sócios) da Igah Ventures.

De acordo com a reportagem do Infomoney, as duas empresas acumulam 56 investimentos em startups, 13 exits (saídas, ou eventos de liquidez) e cerca de US$ 250 milhões em recursos captados e geridos.

E para entender a expertise desse time, vamos falar de cada um em particular.

Trigueiro foi sócio da GP Investimentos, que tem no portfólio empresas como BR Properties e Fogo de Chão. Também foi CEO da Sascar (empresa de tecnologia e segurança automotiva) e da PDG (construtora e incorporadora).

Melzer foi gerente de receitas na Apple, no Vale do Silício, e criou dois fundos no Brasil: a Warehouse Ventures (investidora no iFood) e o e.Bricks Ventures (Ambar, Contabilizei e Labi Exames).

Por fim, Magon foi analista em instituições financeiras como Banco Pactual, Leblon Equities e BNY Mellon. Além disso, cofundou a gestora de fundos de ações e multimercado Vista Capital.

Mais executivos que fazem parte do quadro da Igah Ventures são Camila Sangali (anteriormente gerente na Somos Educação), Dennis Wang (antes vice-presidente do Nubank e co-CEO da Easy Taxi) e Thiago Maluf (que já foi vice-presidente de private equity na TPG Global e associate de private equity na Kinea Investimentos).

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Em suma, a estratégia da Igah Ventures é apoiar startups que estão entre as rodadas seed e série B. O foco está no meio dessa jornada, que é a série A, mas vamos explicar os estágios de crescimento de uma startup.

De acordo com o Infomoney, o cheque médio por startup assinado pela Igah Ventures vai de US$ 5 milhões a US$ 7 milhões.

O fundo de venture capital olha principalmente para as verticais de educação, fintech, saúde, soluções empresariais e varejo direto ao consumidor (D2C).

“O último ano evidenciou que a tecnologia será usada por empresas de todos os segmentos como facilitador de escala. Olho cada vez menos para o setor de tecnologia em si, e mais para as empresas que têm alto potencial de escala, ferramentas que garantam eficiência e capital e empreendedores com mentalidade de crescimento exponencial”, afirma Melzer.

US$ 30 milhões para startups brasileiras em 2021

Ainda em janeiro de 2020, a Igah Ventures abriu uma captação de US$ 100 milhões. “Vimos a maturidade do mercado brasileiro de startups e concluímos que esse montante poderia ser alocado com tranquilidade”, diz Melzer.

Para ele, a própria situação da pandemia deixou evidente que empresas criadas no meio digital, são mais ágeis e inovadoras, por isso têm vantagem.

A Igah Ventures fechou o último ano com US$ 130 milhões captados, acima do esperado no começo de 2020. US$ 30 milhões foram efetivamente investidos ao longo do último ano. Oito startups entraram para o portfólio, seis delas com investimento já divulgado: Acesso Digital, Avenue, Conexa Saúde, 321Beauty, Dr. Jones e bxblue.

A previsão para 2021, é que a Igah Ventures invista mais US$ 30 milhões.

Destes, 40% dos US$ 130 milhões captados também foram reservados para follow on – novos investimentos nas próprias startups do portfólio, em rodadas futuras de aportes.

Os recursos captados pela Igah Ventures servirão para rodadas de investimento realizadas até o começo de 2022.

Para ler na íntegra a matéria sobre o investimento de US$ 30 milhões para startups brasileiras, clique aqui.


Foto: Javier Allegue Barros.