Urnas eletrônicas: Ministério da Defesa prepara novo documento para rebater TSE

Urnas eletrônicas: Ministério da Defesa prepara novo documento para rebater TSE

Técnicos do TSE disseram que questionamentos do Ministério da Defesa a respeito da segurança das urnas são "incompetentes" e "possuem erros grosseiros". O MD rebate, dizendo que possíveis erros se devem ao fato de não terem recebido informações sobre o sistema eleitoral e a metodologia do TSE , além da falta de uma reunião técnica.

Por Redação em 08/06/2022

O Ministério da Defesa (MD) prepara nova resposta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a respeito da segurança das urnas eletrônicas.

Ela será uma tréplica. Em síntese, a equipe do general Héber Portella fez questionamentos a respeito de possíveis fragilidades nas urnas e na totalização eletrônica de votos, em seguidas técnicos do TSE comentáram tais questionamentos e, agora, a equipe de Héber dá sua resposta.

Portella é o representante do MD na Comissão de Transparência Eleitoral (CTE), criada em 2021, para aprimorar o sistema usado nas eleições de 2022.

O documento será baseado em novo trabalho do Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber) e procura, sobretudo, rebater as acusações de que os questionamentos dos militares são “incompetentes” e “possuem erros grosseiros”.

Os peritos do ComDeCiber dizem que os possíveis erros cometidos por eles aconteceram porque não receberam todas as informações sobre o sistema eleitoral, nem foram informados sobre a metodologia usada no TSE.

Também vão lembrar que, em outubro de 2021, logo após a primeira reunião da CTE, as Forças Armadas solicitaram ao TSE o envio de mais de uma dezena de documentos sobre o sistema, mas eles nunca foram enviados.

Além disso, os peritos do ComDCiber alegam que até hoje não houve reunião técnica nenhuma, somente troca de documentos, seguidas de interpretações políticas de magistrados do TSE.

Forças Armadas rebate TSE: estamos agindo de forma técnica, não política

As Forças Armadas consideram terem sido “colaborativas desde o primeiro dia”, reafirmam que não agiram politicamente nem se deixaram “instrumentalizar pelo presidente Jair Bolsonaro” e, por fim, pretendem mostrar sua competência técnica, arranhada pela resposta dada pelo TSE.

Há ainda outros pontos que se deseja esclarecer.

A designação de Héber teria acontecido não em razão de proximidade com Braga Netto, mas por ele chefiar a Defesa Cibernética. Conta-se que o MD considerou a possibilidade de haver um representante de cada Força na CTE, mas a ideia foi abandonada porque “a organização mais apta tecnicamente” para liderar o trabalho em apoio ao TSE era o ComDCiber, que reúne militares das três Forças.

Por fim, se há canhões apontados contra o Judiciário e para as eleições, eles não seriam os do Exército, dizem os generais.

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Foto: Agência Brasil