Uma startup chamada Banco Central do Brasil

Uma startup chamada Banco Central do Brasil

O colunista Gustavo Cunha escreveu artigo sobre uma startup chamada Banco Central do Brasil. Ele cita a postura inovadora do banco.

Por Redação em 21/08/2020

A startup chamada Banco Central despertou curiosidade em todos. O colunista do Infomoney, Gustavo Cunha, escreveu um artigo falando sobre a postura do Banco Central do Brasil para acompanhar o atual cenário inovador, inclusivo e competitivo do mercado financeiro.

Segundo ele, com as alterações apresentadas pelo mundo financeiro atual, em que os participantes são concorrentes e não tão facilmente mapeáveis, como eram os bancos instituídos, por exemplo, se fez necessária uma mudança do Banco Central.

Atualmente uma discussão sobre o papel dos Bancos Centrais como facilitadores do processo de transformação digital da moeda e do mercado financeiro vem tomando conta do circuito das finanças. “Espera-se uma atitude pró democratização financeira, sem perder os alicerces de manter a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente”, diz ele.

O PIX é um grande exemplo disso. De acordo com o artigo, desde 2014 o Banco Central deixa claro na emissão de seus relatórios que há uma tendência mundial para pagamentos instantâneos, que isso está se intensificando e, inclusive, que o Banco Central do Brasil recomenda que a iniciativa privada desenvolva um sistema para isso.

Como nada foi feito, o Banco Central do Brasil tomou frente ao processo e ele mesmo desenvolveu o sistema de pagamentos instantâneos brasileiro (SPI). O SPI é a base de funcionamento do PIX, que começaremos a ter contato em breve. E a inovação não para por aí. O Banco Central aproveitou experiências dos 56 países que já têm seus sistemas de pagamentos instantâneos em funcionamento e implantou ações específicas do sistema brasileiro, como o pagamento de contas, agendamentos etc.

Gustavo Cunha em seu artigo: “Uma Startup chamada Banco Central”, aponta ainda o Open Banking e o conjunto de regras que garante a portabilidade dos dados bancários de maneira segura para os clientes.

O Banco Central ditou as regras e as instituições financeiras definiram o padrão de comunicação entre elas. “O Banco Central foi além, com a implementação de um conceito mais de Open Finance do que exatamente Open Banking, já que a quarta fase de implementação, que estará valendo a partir de outubro/2021, engloba itens como investimentos, câmbio, seguros, entre outros que ainda não fazem parte das implementações inglesa ou europeia”, declarou.

Inovações da startup chamada Banco Central

O Banco Central está se aproximando de empresas menores e inovadoras. Iniciativas como o Lift, que é uma aceleradora de fintechs dentro do Banco Central, ganhou recentemente um prêmio de inovação entre várias iniciativas de diversos Bancos Centrais mundiais.

Outra grande iniciativa apontada no artigo de Gustavo Cunha é o Sandbox regulatório, que é uma maneira das fintechs e do Banco Central testarem ideias que podem mudar definitivamente o mercado financeiro em um ambiente controlado, onde algumas regras podem ser flexibilizadas.

“Essas duas iniciativas, além de aproximar o BCB da inovação, trazem uma troca constante de informações entre inovadores. Um outro aspecto que não pode ser deixado de lado é a constante atualização de regras e eventual criação de outros tipos de instituições financeiras, como foi feito nas regras relativas a peer to peer lending e equity crowdfunding, em que foram criadas as sociedades de crédito direto (SCD) e a sociedade de empréstimo entre pessoas (SEP) e, mais recentemente, as definições do iniciador de pagamentos do PIX”, apontou.

Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.


Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil.