Uma fake news do tamanho da Amazônia

Uma fake news do tamanho da Amazônia

Em tempos de notícias falsas vale tudo para chamar a atenção. A verdade é que o agronegócio brasileiro não devasta a floresta. Esta fake news é do tamanho da Amazônia.

Por Redação em 16/09/2020

O agronegócio não devasta a floresta. Esta fake news é do tamanho da Amazônia. Em tempos de fake news, ou notícias falsas no bom português, vale tudo para chamar a atenção e tirar vantagem em cima do outro. Opa, espera aí: fake news é crime!

O alerta vem do artigo de J.R. Guzzo, publicado na Revista Oeste. Segundo ele, o Brasil tem mais vegetação nativa que a Rússia, que tem território duas vezes maior que o Brasil.

Isso porque os grandes concorrentes mundiais do Brasil na produção e no comércio de produtos agrícolas estão com um enorme problema no território das “disputas honestas”.

O Brasil já está apresentando (2020) uma safra recorde de grãos: cerca de 255 milhões de toneladas. Mas a área plantada para colher essa produção toda praticamente não cresceu nas últimas décadas.

Em 1975 toda a produção se restringia aos 40 milhões de hectares, enquanto a produção não chegava nem aos 40 milhões de toneladas. Por outro lado, hoje, está por volta de 65 milhões de hectares, ou pouco acima de 50%, para uma produção que é mais de seis vezes maior.

“Não é preciso ser nenhum gênio em cálculo integral para perceber o seguinte: o agronegócio brasileiro não depende de mais terras para crescer. Produz cada vez mais no mesmo espaço”, aponta J.R. Guzzo.

Fake news do tamanho da Amazônia

E como impedir que um concorrente com a importância do Brasil possa continuar batendo recordes de produção a cada ano, aumentando a arrecadação e ganhando mercados, se nem a extensão física da terra aproveitável é um limite para os agropecuaristas brasileiros?

A resposta é simples e direta: “não há como parar o crescimento do campo no Brasil. Ou melhor: não dá para deter o agro brasileiro se quiserem fazer uma disputa de cavalheiros”, aponta J. R. Guzzo.

A única tentativa “capaz” de parar o crescimento do agronegócio brasileiro é entrar no campo da desonestidade. “E é isso o que eles querem, que a potente agroindústria brasileira pare de avançar ou simplesmente ande para trás”, justificou.

Ultimamente, grandes empresas internacionais estão fazendo pressões públicas contra o Brasil. Dizem que se “o país” não parar com essa “destruição”, vão cortar investimentos, fazer boicotes ou declarar guerra comercial contra a produção rural brasileira.

“Trata-se, muito simplesmente, de um conto do vigário em escala planetária. Uma fake news do tamanho da Amazônia. A realidade, tal como ela pode ser observada com os recursos da ciência e da tecnologia, é o exato oposto da pregação pró-florestas”.

A nossa produção

O Brasil produz todos os anos alimentos para mais de 1 bilhão de pessoas, cerca de cinco vezes mais que o suficiente para sua própria população. Nosso país é o maior exportador mundial de soja, carne, frango, açúcar e café.

Em suma, o agro brasileiro, que há pouco tempo atrás não era nada, hoje é uma das maiores e mais importantes potências do mundo.

O Brasil é o país que mais preserva sua vegetação nativa. Sabe-se que tem mais florestas que Estados Unidos, Canadá e Rússia, cujo território é o dobro do brasileiro.

“A área de matas preservadas no país é duas vezes a média mundial. A Amazônia real — não a “legal”, que é apenas uma ficção administrativa — mantém 98% da sua vegetação natural intocada há séculos”, aponta J.R. Guzzo.

Vale ressaltar que os agropecuaristas brasileiros são obrigados, de acordo com a lei, a manter intactos 20% de suas propriedades, e isso não existe em lugar algum do mundo.

Para ler o artigo de J.R. Guzzo na íntegra, clique aqui.


Foto: Henry Perks.