Twitter bane permanentemente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de sua plataforma na última sexta-feira (08/01/2021). Segundo eles, há preocupação com o “risco de mais incitação à violência” e as transgressões anteriores de Trump.
Helio Beltrão, presidente do Instituto Mises Brasil, publicou sua indignação diante do fato. “O cancelamento permanente da conta de twitter do Trump bem como a suspensão pelo facebook são arbitrários e inaceitáveis”. Segundo ele, a “livre expressão é fundamental em uma sociedade livre”.
Sabe-se que muitas plataformas se beneficiam dos famosos “termos de uso”, que poucos leem e todos aceitam. Afinal, esta é a condição para utilizar a rede social.
Em outras palavras, Beltrão cita que a isenção de responsabilização pelo conteúdo postado por terceiros não pode e nem deve se esconder por trás de termos de uso que, segundo ele, “marotamente interpretados para calar vozes dissonantes”.
Linha editorial
Se a questão é defender ou exercer uma linha editorial, é preciso tomar partido. Deixar claro! “Excluir vozes a seu critério”, não é exatamente correto. Ou então seria muito fácil “perder a isenção de responsabilização desfrutada hoje”.
Ora, o Twitter bane permanentemente o presidente dos Estados Unidos, mas aceita em sua rede personagens como Nicolás Maduro ou então os líderes da ditadura iraniana que pregam diariamente a “eliminação” de Israel.
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Parece que a “coisa” está confusa por lá! Ou não se sabe o que é linha editorial, ou não a respeita.
Twitter bane permanentemente o presidente
E em tom ameaçador, um porta-voz do Twitter esclareceu ao TechCrunch que se o presidente tentar “escapar de sua suspensão”, qualquer conta que ele possa vir a usar também estará sujeita à proibição por quebrar as regras do Twitter.
O jornalista Alexandre Garcia também usou sua conta no Twitter para se pronunciar sobre o caso.
“Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até o último instante o teu direito de dizê-la. Voltaire, atualíssimo. Democratas abominam a censura. Totalitários aplaudem a censura contra seus adversários”.
Artigo escrito com base nos relatos de Helio Beltrão no Twitter.
Foto: Mason Hassoun.