Entrevistado por Leda Nagle em seu canal no Youtube no programa entitulado “Com a palavra o jornalismo conservador”, Allan dos Santos, fundador do Terça Livre, fez uma análise da conjuntura política nacional e contou como foi possível fazer jornalismo independente e de qualidade, sem depender da verba dos governos.
“Alguns políticos afirmam que o Terça Livre recebe verba do governo, e isso é uma grande mentira! Não temos nenhum empresário bancando o Terça Livre, tampouco o governo!”, declarou.
De acordo com informações apontadas por ele, durante a entrevista, o Terça Livre faturou mais de meio milhão de reais com um único curso, “O povo no poder”. O Terça livre surgiu em novembro de 2014, mas começou a ganhar representatividade com as manifestações pró impeachment. Em seguida surgiu um boletim pela manhã e um da noite. “Depois das doações individuais, começamos a vender cursos a R$ 9,90. Surgiu a academia por assinatura de R$ 49,90, que não deu muito certo. Fizemos a assinatura da revista digital (N. da R. assinatura custa R$ 9,90). Fizemos a plataforma de apoio. Lançamos o diário Terça Livre a R$ 29,90, que basicamente é um pdf com os principais temas dos programas da manhã e da noite, com os textos transcritos. E temos ainda as canecas, camisetas, a parte de livraria, etc. O canal Terça Livre no YouTube tem 9 mil membros (N. da R. pagantes a R$ 7,99)”, apontou.
“Alguns políticos afirmam que o Terça Livre recebe verba do governo, e isso é uma grande mentira! Não temos nenhum empresário bancando o Terça Livre, tampouco o governo!”
Ao todo, 29 pessoas trabalham para que o Terça Livre aconteça. Allan dos Santos aponta que esta é uma boa forma de se ter jornalismo independente, com meios próprios de sustento. “A chave é não depende de verbas governamentais como as “grandes mídias” dependiam até pouco tempo, e algumas ainda dependem.”
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Sem verba pública
E as declarações não param por aí. O fundador do Terça Livre disse acreditar na imprensa livre dos interesses do governo. “Eu acredito muito que a imprensa precisa urgentemente sair das amarras das verbas públicas. Senão não vamos ter sossego. As pessoas têm que viver! As empresas de comunicação precisam viver de acordo com o público que paga por aquele produto… senão vai sempre ser marionete dos políticos. Tem uma matéria na nossa revista que aponta que pelo menos 60% das rádios do Brasil pertencem a políticos ou a familiares de políticos. Enquanto tivermos concessão e apadrinhamento de verba pública pra imprensa, não termos uma imprensa sadia.”
Quer saber mais? Assista a entrevista na íntegra (Allan dos Santos comenta sobre a parte financeira a partir de 30 minutos):
Foto: reprodução Facebook.