Se você defende os trabalhadores, você tem que defender os ricos

Se você defende os trabalhadores, você tem que defender os ricos

É preciso defender os ricos. Afinal, tributar mais os mais ricos pode trazer efeitos devastadores sobre a geração de empregos e trabalhadores.

Por Redação em 21/02/2021

Se você defende os trabalhadores, então você tem que defender os ricos. A frase é impactante e extremamente realista.

Ora, se você é trabalhador, você deve torcer pelo sucesso dos geradores de empregos. E o seu emprego certamente está entre esses.

O artigo de John Tamny disponível no Portal Mises Brasil e traz uma reflexão assertiva sobre a questão dos ricos.

De acordo com Tamny, não haveriam contratações se não houvessem investimentos. Da mesma forma, se não existisse perspectiva de retornos, ou seja, de lucros, não existiriam investimentos.

Estes, por sua vez, parte dos empresários, sim… os geradores de empregos.

E agora, o que você pensa sobre isso: “se você defende os trabalhadores, então você tem de defender os ricos”?

A dinâmica é muito simples. Sem os ricos não haveriam empresas, sem empresas não existiriam empregos, e sem emprego você não teria renda, e sem renda não haveria o progresso.

“O trabalho é o que possibilita nossa demanda por bens e serviços. Sem antes ofertarmos um bem ou serviço, não temos como comprar coisas. Produzimos para demandar. O trabalho é apenas uma demanda disfarçada”.

Os trabalhadores e os ricos

O que gera os empregos e os salários das pessoas não-empreendedoras? Para Tammy, a resposta é simples e direta: investimentos.

Ele afirma que todos os empregos são consequência de investimentos. “Não há empregos sem investimentos”.

Entenda a dinâmica:

“Para que vagas de trabalho sejam criadas, é necessário que um indivíduo empreendedor — munido de capital próprio ou de capital emprestado por um capitalista — vislumbre uma oportunidade de lucro em uma determinada área (uma demanda ainda não atendida) e então direcione capital e recursos para começar a produzir naquela área”.

Portanto, os investimentos são, primeiramente, atraídos pela perspectiva de lucros.

As empresas e os empreendimentos são resultados disso. E assim, os empregos são apenas consequências dos investimentos.

O desejo por retornos da parte do investidor e do empreendedor é o que irá indiretamente levar à contratação de mão-de-obra.

O papel dos ricos

Se você defende os trabalhadores, então você tem que defender ainda mais os ricos, ou seja, os investidores que tornam possíveis a criação de empregos e o pagamento de salários.

Sim, esses investidores, na maioria das vezes, são aquelas pessoas rotuladas de “ricos”. E sim outra vez, os ricos são essenciais para os salários dos trabalhadores.

O problema em tributar os ricos

Já falamos aqui no Altavista.news sobre a tributação sobre os mais ricos.

De acordo com Tamny, “não é possível ter salários altos e crescentes sem antes reduzir o fardo imposto sobre aqueles que são mais capazes de poupar e investir: os ricos”.

Os efeitos da tributação sobre um rico/empreendedor, são diretos.

Tendo eles uma fatia maior de seus ganhos confiscada pelo governo, via impostos, ele terá sua capacidade de investimento diminuída, assim como a sua capacidade de geração de empregos.

Quando se fala em aumentar os impostos sobre os mais ricos, é preciso lembrar de toda a cadeira produtiva nesse processo.

“Quando o governo tributa a renda e os lucros, ele apenas faz com que o dinheiro que seria utilizado para ampliar e aprimorar os processos produtivos seja agora direcionado para o mero consumismo do governo, ficando sob os caprichos de seus burocratas, obstruindo a formação de capital”.

E como já falamos por aqui também, ao contrário do que muitos imaginam, o dinheiro dos ricos não fica parado dentro de uma gaveta.

No atual sistema monetário e financeiro, todo o dinheiro está inevitavelmente ou em algum depósito bancário (de onde será emprestado) ou em algum fundo de investimento (de onde será investido).

Seguindo esta linha, quando o governo passa a tributar esse dinheiro, “fará apenas que o dinheiro que antes era direcionado para determinados setores (garantindo emprego e renda) ou investido diretamente em coisas produtivas seja direcionado para burocratas e para toda a máquina estatal. Isso é uma simples e direta destruição de capital”. 

Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.


Foto: Zhang Kaiyv.