O Antagonista divulgou no início deste mês de setembro que Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio do Rio de Janeiro, afirmou em delação premiada ter simulado contrato da entidade com escritório de advocacia para bancar a campanha de Felipe Santa Cruz ao comando da OAB. A princípio, Cristiano Zanin, advogado de Lula, fez a ponte entre os dois. “Essa contratação, ou seja, esse repasse a presidente da OAB era importante para fazer lobby”, diz.
Do mesmo modo, no depoimento, o ex-presidente da Fecomércio diz que “ouviu falar em Felipe Santa Cruz por intermédio de Cristiano Zanin, que sugeriu ao colaborador sua contratação”.
Repasse a presidente da OAB
A Operação Lava Jato no Rio de Janeiro investiga diversos pagamentos suspeitos a bancas advocatícias, assim como a própria colaboração de Orlando Diniz no repasse ao presidente da OAB.
De acordo com o Antagonista, havia um contrato fictício com o propósito de repassar R$ 120 mil a Santa Cruz, e que este contrato teria sido firmado com o escritório do advogado Anderson Prezia Franco.
Confira trecho da delação de Orlando Diniz:
“Na evolução do encontro que foi feito no escritório de Felipe Santa Cruz, Cristiano Zanin disse que a contratação seria do escritório da esposa de Felipe. Não recordo se, de fato, a contratação chegou a ser efetuada; se houve contratação, foi por meio da Fecomércio, com emissão de nota fiscal; que não se recorda o ano, mas foi de setembro de 2012 para frente; e que não se recorda se, neste primeiro momento, Felipe Santa Cruz estava já à frente da OAB/RJ”.
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Ainda em deleção, Orlando Diniz disse que, segundo Cristiano Zanin, o advogado de Lula, essa contratação era importante para fazer lobby, atraindo Felipe Santa Cruz.
A princípio, a ideia era criar um vínculo de interesse mútuo, envolvendo Felipe Santa Cruz, que tinha como projeto ser candidato à Presidência do Conselho Federal da OAB.
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Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil.