A proteção focalizada, em alternativa ao lockdown ou quarentenas forçadas, foi defendida por nada menos que 40 mil médico, 13 mil cientistas e 727 mil pessoas.
A defesa ocorreu através da assinatura da Declaração de Great Barrington, e já falamos sobre ela aqui no altavista.news.
Como é a proteção focalizada defendida pela Declaração de Great Barrington?
Em suma, a proteção focalizada defende que quem está no grupo de risco deve poder ficar em casa. Sobre esses, a declaração diz:
“Os reformados que vivem em casa devem mandar entregar alimentos e outros bens essenciais ao seu domicílio. Quando possível, devem encontrar-se com membros da família no exterior e não no interior. Uma lista abrangente e detalhada de medidas, incluindo abordagens a famílias de várias gerações, pode ser implementada, e está bem dentro do âmbito e da capacidade dos profissionais de saúde pública.”
Sobre aqueles que não fazem parte do grupo de risco e, portanto, tem baixíssimo risco de ter complicações, tem apenas a recomendação de tomar cuidados básicos. Sobre eles, a declaração diz:
Aqueles que não são vulneráveis devem ser imediatamente autorizados a retomar a vida normal. Medidas simples de higiene, tais como a lavagem das mãos e a permanência em casa quando estão doentes devem ser praticadas por todos para reduzir o limiar de imunidade de grupo. As escolas e universidades devem estar abertas ao ensino presencial. As atividades extracurriculares, como esportes, devem ser retomadas.
Ou seja, dado que, nas palavras da OMS, é raro que uma pessoa assintomática passe o vírus adiante, dado que mais de 80% das pessoas que morreram de Covid-19 tinham uma doença agravante anterior e dados os efeitos colaterais psicológicos e econômicos de quarentenas e lockdowns, é recomendado que quem pode trabalhar, trabalhe. E aqueles em maior risco, que sejam assistidos.
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Quem são as pessoas que redigiram a declaração?
- Dr. Martin Kulldorff, professor de medicina, bioestatístico e epidemiologista especializado em deteção e monitorização de surtos de doenças infeciosas e avaliações de segurança de vacinas.
- Dr. Sunetra Gupta, professora na Universidade de Oxford, uma epidemiologista especializada em imunologia, desenvolvimento de vacinas e modelação matemática de doenças infeciosas.
- Dr. Jay Bhattacharya, professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, um médico, epidemiologista, economista da saúde e especialista em políticas de saúde pública focando-se em doenças infeciosas e populações vulneráveis.
E no Brasil?
Pesquisadores da Universidade de Pernambuco publicaram um artigo entitulado “O isolamento social realmente restringe as mortes de Covid-19? Provas diretas do Brasil de que pode ocorrer no exato oposto”. O nome já diz a que conclusão eles chegaram.
Para saber mais sobre a Declaração de Great Barrington, clique aqui.
Foto: Hush Naidoo.