Professora diz que Bolsonaro armou para matar Marielle

Professora diz que Bolsonaro armou para matar Marielle

Uma Professora de uma escola particular disse que Bolsonaro armou para matar Marielle. A escola disse que "este erro será corrigido".

Por Redação em 11/11/2020

Uma professora de redação de uma colégio particular de Rio do Sul, em Santa Catarina, afirmou que Jair Bolsonaro “armou para matar Marielle Franco”.

A Polícia Civil já descartou a hipótese de o presidente ter participado do crime mencionado pela educadora.

Como foi o ocorrido

A docente abordava o tema “violência política”, e então um aluno questionou se o episódio em que Bolsonaro levou uma facada pode ser considerado violência política.

A professora respondeu o seguinte: “A violência política é praticada por políticos. Bolsonaro levou uma facada? Levou. Foi uma violência? Foi. Mas não foi praticada por políticos, foi um popular que fez, foi um civil que fez isso. Agora, o que o Bolsonaro armou para matar Marielle Franco, ele, sendo um político, matando uma outra política, isso sim é uma violência política. Entendeu o esquema?”.

Qual foi a reação do colégio

Como consequência da atitude da professora, houve pressão por parte de familiares dos alunos. Em resposta, a direção do colégio publicou uma nota em que informou que foram adotados procedimentos internos “que visam apurar a conduta da docente e eventuais medidas necessárias” e que a escola “mantém rígido código de conduta no que concerne a manifestações dos docentes, principalmente no que toca a posicionamentos políticos pessoais”. Além disso, o documento reitera que “a liberdade de cátedra em momento algum pode ser confundida com posicionamentos pessoais”.

O colégio também defendeu o trabalho da docente e afirmou que o episódio não pode prejudicar o trabalho que vem sendo desenvolvido por ela. “Porém, da mesma forma não concordamos com a generalização e extremismo com a qual classificaram nossa professora. Houve um erro e este erro será corrigido”, cita o documento.

O que a professora tem a dizer?

De acordo com o que a professora escreveu em sua carta de retratação, a declaração foi retirada de contexto. A docente escreveu o seguinte: “Claramente o trecho, retirado de contexto, faz grave acusação e imputa crime, sem comprovação, do caso Marielle ao Bolsonaro. Não foi a intenção. Houve ausência de contexto, haja vista que era uma hipótese que configuraria violência política, caso ocorresse, o que está descartado pelas investigações oficiais”.

A carta em questão termina com um pedido de desculpas: “Peço desculpas pela errada colocação verbal, por não ter deixado de forma clara que era uma hipótese, ainda assim pouco provável, e por trazer para dentro da cátedra a polêmica ideológica que assola a civilidade, a democracia e o bom senso. (…) Haja vista a frase infeliz, polêmica e com graves acusações, peço desculpas aos ofendidos.”

Para ler a matéria completa e ver as cartas emitidas pela escola e pela professora, acesse o site ND+.


Foto: kyo azuma