Ex-professor de Yale critica FDA: Não são claros sobre sobre os riscos das “vacinas RNAm”

Ex-professor de Yale critica FDA: Não são claros sobre sobre os riscos das “vacinas RNAm”

Gortler faz um alerta: profissionais e pacientes não estão sendo devidamente avisados para monitorar sintomas cardiovasculares, apesar do aumento da incidência de casos das doenças. Para ele, os fabricantes e a FDA falham ao não comunicar com clareza possíveis efeitos adversos das vacinas de mRNA.

Por Redação em 22/02/2022

O FDA, orgão americano análogo a Anvisa, não foi claro sosabia dos riscos cardíacos de vacinas de mRNA, diz artigo escrito por David Gortler, farmacologista, ex-membro da FDA e ex-professor de farmacologia e biotecnologia na Escola de Medicina da Universidade de Yale. Para ler o artigo, clique aqui.

Ele alerta para o fato de que a “Anvisa dos EUA” negligenciou informações e não manteve os mesmos padrões regulatórios, usados em outras medicações e produtos, para validar a segurança das vacinas anticovid.

A revisão da Solicitação de Licença Biológica submetida pela fabricante BioNTech/Pfizer para análise da FDA já mostrava que “reações adversas graves clinicamente importantes [incluídas] anafilaxia e miocardite/pericardite”, ou seja— reações alérgicas graves e inflamação do coração — poderiam ocorrer em razão do uso das vacinas de mRNA, diz o artigo publicado no site The Federalist. O documento foi revisado em agosto de 2021.

FDA, “vacinas de RNAm” e VAERS

O Vaccine Adverse Event Reporting System (relatórios para reportar eventos adversos — VAERS, na sigla em siglês), administrado em conjunto pela FDA e pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na siga em inglês), lista uma série de eventos cardiovasculares em pessoas jovens e saudáveis.

Ainda que seja necessário avaliar os relatórios para estabelecer vínculos causais em relação a esses eventos adversos, Gortler diz que já existem mais de 40 mil relatos de ataques cardíacos, miocardite e pericardite apenas nos Estados Unidos (total de mais de 700 mil relatos de efeitos adversos em geral), o que “deveria ter estimulado os fabricantes e a FDA a investigar a fundo” os casos relatados.

É importante lembrar que o VAERS afirmou que a estimativa é que apenas 1% dos casos de efeitos colaterais são relatados.

Em contraste, no ano de 2008, depois de menos de 200 relatos espontâneos de VAERS de ruptura de tendão depois da administração de um antibiótico conhecido como fluoroquinolona, a FDA adicionou um “aviso de tarja preta” e restrições de prescrição do remédio.

Além do VAERS, o Vaccine Safety Datalink do CDC indica risco excessivo de miocardite e pericardite em pessoas que receberam vacinas da Pfizer e da Moderna.

Segundo o artigo, em fevereiro de 2022, um comitê consultivo do CDC propôs estender o intervalo entre doses para minimizar danos cardiovasculares das vacinas contra covid-19. Para Gortler, a medida é um indicativo de que o governo federal “está ciente do grave risco”. Entretanto, em vez de tratar com transparência e dar publicidade ao assunto, as autoridades sanitárias e gestores públicos propõe soluções como essas, de alterar o intervalo entre doses, na expectativa de mitigar riscos.

E finaliza:

“Na década de 1950, os médicos costumavam não dizer aos pacientes quando eles tinham câncer terminal porque achavam que era para seu próprio bem. Já passamos do dia em que esconder informações do público é considerado bom para a saúde pública. Nunca é. Não é apenas antiético e ofensivo, é perigoso.”

Para mais detalhes, clique aqui.


Foto: Mika Baumeister

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